Especialista tem a função de promover o alinhamento entre todos os setores do negócio e a área de Recursos Humanos
As relações interpessoais são verdadeiros desafios em todas as áreas do conhecimento. Mas como a maior parte das estratégias e tomadas de decisões se referem a pessoas, não há como fugir dessas relações. E no ambiente corporativo, as interações são igualmente importantes, principalmente para a criação de um bom clima de trabalho e resultados positivos para os negócios.
Nesse contexto, há um profissional que pode auxiliar: o Human Resources Business Partner (ou o nome resumido, business partner). Ele tem a função de promover o alinhamento entre todos os setores de uma empresa e o seu departamento de Recursos Humanos (RH). Ou seja: é o integrante da equipe com a capacidade de escolher o melhor perfil para determinada atividade, o que certamente trará resultados positivos para qualquer negócio.
Assim, as vantagens para quem investe nesse profissional são inúmeras. Segundo a professora da Pós-Graduação da FAE Business School, Karen Wasmann, ele é o especialista que conseguirá agregar valor dentro de uma corporação, influenciando o negócio por meio da contribuição da gestão de pessoas. E existem diversas formas de se fazer isso, como por exemplo, realizando o coaching e a orientação das lideranças nos seus papeis de gestão; mapeando junto com as lideranças as pessoas certas e inserindo-as nos lugares que mais têm ligação com o seu perfil; participando das estratégias da empresa (incluindo sempre as pessoas no centro das discussões, já que elas é que serão responsáveis por isso), entre outras. E por fim, todas essas formas de contribuição do business partner auxiliam na manutenção da cultura da empresa.
Karen resume ainda que o trabalho do business partner entrega para a empresa todas as ferramentas e estratégias de gestão de pessoas. “Eu costumo traduzir essa função dizendo que o business partner é a pessoa do RH que respira e entende do negócio, e que ainda traduz essa realidade para as demais áreas do RH. Ainda, traz para o RH suporte para todas as outras áreas para que elas façam a melhor entrega de negócios”, explica a professora.
Perfil
A formação para quem pretende trabalhar com essa função não é específica. A Psicologia é uma área que, aparentemente, tem bastante relação. No entanto, essa formação pode auxiliar bastante porque auxiliaria na leitura do conhecimento do profissional, mas pessoas de outras áreas do conhecimento, como por exemplo Economia e Administração, também exercem com sucesso o papel do business partner, como explica a professora Karen.
Já em relação aos atributos do profissional, ele deve ter, em primeiro lugar, conhecimento detalhado do negócio em que vai atuar (e não somente o RH); deve conhecer os subsistemas do RH, ou seja, fazer pesquisas de clima, mapeamento de talentos, trabalhar com ferramentas de atração, por exemplo; ser um bom influenciador e saber ajudar as pessoas dentro de uma mentalidade de crescimento.
O papel do business partner começou a ser descoberto na década de 1990, quando o livro Human Resource Champions, de Dave Ulrich, foi publicado. Até hoje no Brasil o campo de trabalho desse profissional é visto como uma oportunidade. “Principalmente nas empresas menores, em que os analistas de RH são dedicados a funções mais generalistas, o business partner está ganhando autonomia e participação de mercado”, observa a professora Karen. “Na Pós-Graduação da FAE, o estudante entra em contato com a vida real de um business partner, com todas as dores e amores da profissão. Vamos explorar conceitos e ferramentas de RH e, principalmente, cases reais desse tipo de atividade”, conta a professora.