“Toda vez que comemos e bebemos algo, podemos promover mudanças no mundo em que queremos viver.” A frase da gerente de sustentabilidade da Danone Brasil, Taisa Costa, resume o manifesto global lançado pela empresa em 2015, que busca promover uma revolução alimentar fomentando projetos de combate às mudanças climáticas. Primeira grande indústria alimentícia no país a conquistar o selo de Empresa B – movimento internacional que reconhece companhias social e ambientalmente responsáveis, a Danone teve seu case mundial apresentado na última quinta-feira (10), no primeiro encontro exclusivo para membros e convidados do Grupo WTC de ESG.
Lançado no início do ano pelo Programa WTC de Competitividade, do World Trade Center (WTC) Curitiba, Joinville e Porto Alegre, o grupo tem o objetivo de compartilhar experiências e cases em ações práticas e projetos sociais, sustentáveis e de governança corporativa (ESG, da sigla em inglês) nas empresas e organizações.
A reunião contou com a moderação do presidente do Grupo WTC de ESG, Paulo Cruz Filho, co-fundador & Soul of Flowing da We.Flow – Together for a Better World (negócio social voltado à expansão de consciência e de impacto de pessoa, comunidades e empresas), e da vice-presidente Ariane Santos, CEO da BaduDesign (negócio de impacto socioambiental, economia circular e empoderamento feminino).
Convidada para apresentação dentro da dinâmica de learning from experts (com um profissional externo que traz um tema relevante escolhido pelo grupo), Taisa Costa enfatizou que a Danone já investiu dois bilhões de euros em projetos sustentáveis pelo mundo. “Em 2020, fomos reconhecidos como uma das seis empresas mais comprometidas a combater as mudanças climáticas pela ONG britânica CDP. Empresa global presente em 130 países, com mais de 100 mil colaboradores, a Danone possui três divisões de atuação no Brasil, readequadas a partir de sua missão e visão, com maior ênfase desde 2006: de produtos lácteos, nutrição especializada e divisão de águas.”
Há 50 anos no Brasil, completos em 2020, e sediada em Minas Gerais, a Danone vem promovendo pioneirismo em impacto social e ambiental. “Temos a sustentabilidade em nosso DNA desde a década de 1970. ‘Economia’ e ‘Ecologia’ possuem uma etimologia muito próxima que vem do grego: de administrar e conhecer sua casa. As maneiras pelas quais uma organização compra, vende, contrata, escolhe seus trabalhadores e define jornadas, de forma inclusiva e diversa, tudo isso faz parte de uma cadeia de 360 graus que precisa ser administrada de forma coesa e integrada”, explica Taisa.
“Kiteiras” e agricultura regenerativa
Como exemplos de projetos, Taisa Costa destacou as chamadas “Kiteiras”, que levam kits nutricionais da marca para comunidades que o varejo tradicional dificilmente alcançaria. “As Kiteiras não são vistas como revendedoras, já que temos um envolvimento com suas histórias de vida de empreendedorismo feminino. A maioria é de chefes de família e quase cinco mil mulheres integrando este projeto a cada ano”, enfatiza.
Relacionando sustentabilidade com maior qualidade na produção leiteira, a Danone investe também em um projeto de agricultura regenerativa, baseada em três dimensões: o solo, com a recuperação da biodiversidade; a regeneração da cadeia agricultura (em suas relações sociais); e a regeneração do bem-estar da fauna.
“É uma satisfação podermos trazer pessoas incríveis para falar a pessoas incríveis, promovendo uma troca de experiências e novas tendências sobre ESG, em nível pessoal e organizacional. Para isso, enfocamos nosso primeiro encontro nos impactos que o ESG gera na organização e sua relação com a lucratividade”, celebra Paulo Cruz Filho.
Programa WTC de Competitividade
Os grupos temáticos que integram o Programa WTC de Competitividade reúnem executivos C-level representantes das principais empresas do Sul do Brasil em encontros e lives mensais. “Existem muitas discussões pertinentes que precisam ser fomentadas no meio empresarial. Os grupos crescem a cada encontro, pois as empresas trazem seus cases e podemos discutir com mais profundidade cada tema”, afirma Josias Cordeiro da Silva, CEO do WTC Curitiba, Joinville e Porto Alegre.