“Ainda que não seja da mesma forma que nós, os animais sentem frio e percebem a variação de temperatura de acordo com sua raça e habitat”, explica Jislene Christina Dall’Stella, estudante do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações educacionais de ensino superior do país.
A acadêmica integra o projeto de extensão Saúde Única Bem-estar Animal e Social, que passa a ser coordenado pela professora Fernanda Bortolotto. A iniciativa conta com a participação de 60 estudantes de todos os períodos de Medicina Veterinária do UniCuritiba.
Um dos objetivos é compartilhar com a comunidade dicas sobre saúde animal, informações sobre doenças e a agenda de palestras, cursos e grupos de estudos. Todo o conteúdo é disponibilizado no Instagram do Projeto Saúde Única (@projeto_saudeunica_unicuritiba), do Centro Acadêmico de Medicina Veterinária do UniCuritiba (@camvu) e do Canal de Estimação (@canaldeestimação).
Dicas para cuidar bem do seu pet no inverno
Mantenha a rotina de banho e tosa. A higiene é importante mesmo no inverno, principalmente porque no frio a pele dos pets fica mais ressecada e o banho com hidratação ajuda nesses casos.
No banho, de atenção à temperatura da água, que deve ser morna. O ambiente também precisa ser controlado e “quentinho”. Evite mudanças bruscas de temperatura.
Cães e gatos sentem frio e o pelo é um isolante térmico. Cães de pelo longo devem ter apenas o comprimento da pelagem reduzida (tosa higiênica), mantendo o padrão da raça. O ideal é não fazer a tosa curta no inverno.
Existem doenças típicas de inverno, como a traqueobronquite. Invista na prevenção (existe vacina para cães). Se o pet não é vacinado, redobre os cuidados em passeios na rua ou idas à creche, pois o contágio pode ocorrer de animal para animal.
Pets idosos ou com problemas nas articulações sofrem mais com a chegada do frio. Consulte o médico veterinário, que indicará a melhor conduta ou medicamento para cada caso.
O uso de roupinhas deve levar em conta a aceitação do animal. No caso de pelo curto, a roupa pode auxiliar na proteção contra o frio, mas observe o comportamento do seu pet. Existem raças que têm mais tolerância ao frio e animais que não se adaptam às roupinhas.
Filhotes, assim como pets idosos, são mais suscetíveis a doenças, principalmente no inverno. Para esses grupos, as recomendações são as mesmas: alimentação adequada, nutritiva e balanceada; proteção contra a umidade e o frio; animais que dormem fora de casa devem ter um local quentinho, com cama e cobertores; passeios em horários mais quentes e vacinação em dia.
No inverno, mantenha a alimentação habitual do seu pet, que deve ser balanceada, com todos os nutrientes que o animal precisa. Não é necessário aumentar a porção diária. Em caso de dúvidas, consulte um médico veterinário especialista em nutrição.
A rotina de exercícios e brincadeiras deve ser mantida no inverno, mas sempre respeitando o comportamento do animal. Observe se ele treme ou se fica encolhido, demonstrando sinais de frio. Saia com o seu pet nos horários mais “quentinhos” e não na garoa ou sereno.
Pets também precisam de exposição ao sol, mas evite os horários entre as 10h e 16h. Use filtro solar nas áreas de menor densidade de pelo, como região dos olhos, orelhas, focinho, barriga e risca da coluna.
Controle a duração dos passeios e banhos de sol: animais de pelos e pele clara são mais suscetíveis ao câncer de pele, portanto use filtro solar mesmo no inverno.
Além de cães e gatos, outros pets (coelho, hamster, porquinho da índia, aves e répteis, por exemplo) também precisam de cuidados no inverno: evite deixá-los em local úmido ou frio e com corrente de ar. No caso dos peixes, utilizar aquecedor de água. Para répteis, o aquecimento é feito com luz artificial e, no caso de aves, o indicado são as campânulas.