Início Geral Agroindústrias: cooperativas brasileiras encontram na industrialização estratégia para alavancar faturamento

Agroindústrias: cooperativas brasileiras encontram na industrialização estratégia para alavancar faturamento

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Com produtos de destaque no mercado, produtores investem em indústrias próprias para crescer interna e externamente

Moinho Herança Holandesa, marca de farinhas da Unium
Creditos: divulgação

O investimento na industrialização do setor agropecuário já é uma realidade. De acordo com levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as indústrias desse setor correspondem atualmente a 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O segmento é responsável pelo beneficiamento e transformação de matérias-primas e produtos vindos do campo, um processo que intensifica ainda mais a integração do meio rural com o mercado de vendas. Nesse cenário, quem tem investido fortemente em modernização e novas tecnologias são as cooperativas agropecuárias que, segundo dados do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil), totalizavam cerca de 1.223 organizações até 2020.

No Paraná, por exemplo, 79 agroindústrias são ligadas a cooperativas, sendo 10 do segmento de óleo de soja; 12 moinhos de trigo e milho; 30 indústrias de ração; 16 indústrias de carne, frango e suínos e oito plantas de processamento de leite, segundo dados da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Na região dos Campos Gerais, as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal são um desses cases de sucesso. Desde 2017, as três possuem sua própria marca institucional, a Unium, que representa os projetos em que as cooperativas paranaenses atuam em parceria.

Crescimento

Com atuação nos segmentos de grãos, lácteos e proteína animal, a Unium tem mostrado a força do cooperativismo e do processo de industrialização do agronegócio. No ramo de trigo, por exemplo, a Herança Holandesa – linha de farinhas de trigo da Unium – fechou o ano de 2020 com um faturamento de R$ 211 milhões, resultado 31% maior que no ano anterior, mesmo durante a pandemia. “2020 foi um ano muito bom para os negócios da Unium. As indústrias precisaram se adaptar para manter as operações, mas a força do cooperativismo e também a demanda do mercado mantiveram a produção aquecida e nos deixam com uma previsão ainda melhor para 2021”, destaca o coordenador de negócios do moinho de trigo, Cleonir Ongaratto.

A produção de leite da marca também cresceu em 2020. Segundo dados da Unium, o volume produtivo teve um aumento de 3,21%, fechando o ano em quase 1,3 bilhão de litros, com um faturamento aproximado de R$ 2,4 bilhões, 26% maior que em 2019. “O investimento na indústria e o aumento no consumo andam juntos. Quanto mais nos dedicamos ao ciclo produtivo e à qualidade dos produtos, mais seremos reconhecidos, tanto nas prateleiras dos supermercados como pelas empresas parceiras para as quais industrializamos”, afirma o gerente comercial da Castrolanda, Egidio Maffei.

Para 2021, a marca pretende ir ainda mais longe. “O investimento em tecnologia de ponta, novos formatos de trabalho e inovação são o foco da Unium em todos os setores e, a partir disso, o nosso principal objetivo é alavancar cada vez mais nossos negócios e mostrar para o mercado o potencial da intercooperação dentro da indústria”, finaliza Maffei.

Sobre a Unium

Marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, a Unium representa os projetos em que as cooperativas paranaenses atuam em parceria. Conta com três marcas de lácteos: Naturalle – com produtos livres de aditivos -, Colônia Holandesa e Colaso. No setor de grãos, a Unium tem a marca Herança Holandesa – farinha de trigo produzida em uma unidade totalmente adequada à ISO 22000, com elevados padrões de exigência.

Além disso, fazem parte dos negócios a Alegra, indústria de alimentos derivados da carne suína, e a Energik, usina de produção de energia sustentável, todas reconhecidas pela qualidade e excelência. Mais informações: http://unium.coop.br/

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