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Clima seco e baixa umidade do ar aumenta risco de doenças oculares como síndrome de olho seco e conjuntivites

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Como forma de prevenção, oftalmologista recomenda aumento da ingestão de peixes de água fria (ricos em Ômega 3) para melhorar nutricionalmente a qualidade da lágrima, além do uso de colírios lubrificantes

Crédito: Adobe Stock

Curitiba enfrenta um dos invernos mais rigorosos dos últimos tempos. Os termômetros chegaram a registrar 2 graus negativos, e a tendência é que o frio se intensifique ainda mais. Segundo a MetSul Meteorologia, uma massa de ar polar está se aproximando do Paraná e pode ser uma das mais severas deste século, com as temperaturas podendo chegar a -6ºC. Muitos não sabem, mas as baixas temperaturas podem causar também vários problemas de visão. “O frio intenso estimula muito os quadros de alergia. Com isso, nós levamos com uma frequência maior as nossas mãos aos olhos, no ato de coçar. Isso, aliado à baixa umidade do ar e o clima seco, pode ocasionar várias doenças oculares”, afirma o oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Dr. Peter Ferenczy.

Entre as doenças da visão mais comuns nesta época do ano, o especialista destaca três: Síndrome do olho seco, Meibomite e Conjuntivite. A Meibomite é uma inflamação das glândulas que as pessoas têm na base dos cílios. Ela se manifesta mais internamente ao longo da borda das pálpebras. Um caminho bastante comum para tratar o problema é a higienização da pálpebra com água morna e shampoo neutro. Tal ação pode remover o excesso de oleosidade na margem palpebral e estabilizar o filme lacrimal. Além de melhorar os sintomas, é capaz também de prevenir a sua recidiva.

Outra doença na visão potencializada com os dias mais frios são as conjuntivites. “Existem três tipos de conjuntivites: as alérgicas, as virais e as bacterianas. As virais e bacterianas são doenças infectocontagiosas, e devem ser tomadas medidas de contágio como evitar compartilhas copos, talheres, fronhas, contato próximo com familiares em casa, afim de evitar a transmissão. Já as conjuntivites alérgicas não têm esse contágio, mas, se não tratadas, podem causar grande prejuízo à qualidade de vida, uma vez que nossos olhos são muito sensíveis à inflamação”, explica Dr. Peter. Já na síndrome do olho seco, a baixa umidade do ar ataca aquelas pessoas mais suscetíveis, aumentando a sensação de areia nos olhos, ardor e queimação. Ela á causada pela evaporação mais acentuada da lágrima.

 

Como amenizar estes quadros

 

Algumas atitudes simples, mas eficazes, podem amenizar os problemas na visão causados pelas baixas temperaturas. Entre elas estão o aumento do consumo de peixes de água fria como o salmão, que é rico em Ômega 3, nozes e gorduras boas como o abacate, por exemplo. Tudo isso ajuda a melhorar nutricionalmente a qualidade da lágrima. “Além disso, quem trabalha em ambiente com climatização, é interessante ter um umidificador para aumentar a umidade do ar. O uso de colírios lubrificantes também podem amenizar ou mesmo resolver alguns sintomas de olho seco. A nossa sugestão é deixar um lubrificante ao lado do monitor para que as pessoas lembrem e tenham mais facilidade de usar”, complementa Dr. Peter. Já as pessoas que usam lentes de contato devem redobrar os cuidados nessa época do ano. “As lentes gelatinosas, por possuírem silicone na composição, acabam roubando um pouco de água das lágrimas. Então a lubrificação nos pacientes que usam lente de contato deve ser aumentada”, afirma o oftalmologista.

É importante salientar que qualquer sintoma de dor, ardência ou vermelhidão que não melhore com o uso inicial de colírios lubrificantes, ou essas medidas comportamentais que foram citadas acima, é de fundamental importância consultar o seu médico oftalmologista de confiança.

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