Comércio eletrônico cresceu 57,4% no primeiro trimestre

Entre os meses de janeiro e março de 2021, o comércio eletrônico no Brasil registrou R$ 35,2 bilhões em vendas, aumento de 72,2% na comparação com 2020. O que também aumentou foi o tíquete médio das compras dos brasileiros: R$ 447,90, um aumento de 9,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com o agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil no primeiro trimestre do ano, março de 2021 foi o maior mês da história em volume de vendas do e-commerce no país, de acordo com relatório da NeoTrust.

A adoção de smartphones e uma infraestrutura de pagamentos digitais em rápido desenvolvimento colocam o Brasil em destaque em relação a economias de países mais desenvolvidos, principalmente quanto à forma e preferência dos consumidores para realizar suas pesquisas de preço e compras. O Índice Global de Compras Digitais – Edição Brasil, elaborado pela Cybersource, em colaboração com a PYMNTS.com, mostra que a penetração de equipamentos móveis por aqui é ampla e se dá principalmente por parte dos jovens de alta renda.

O estudo mostra que o Brasil é o mercado analisado que mais faz uso de dispositivos móveis para realização de compras virtuais (20% mobile contra 10% computador), quando comparamos com Reino Unido (17% contra 22% respectivamente), EUA (16% – 25%) e Austrália (13% – 18%). E a preferência por compras digitais e pelo celular continua a crescer, aumentando 33%, com um incremento de 36% especificamente para compras realizadas via mobile, desde o início da pandemia no país.

Houve ainda um declínio de 17% na proporção de consumidores brasileiros que preferem comprar em lojas físicas, muito por conta da comodidade que as compras virtuais proporcionam. Essas mudanças foram observadas, principalmente, entre pessoas com idade média de 42 anos: 39% das que migraram para o digital eram de menor renda e 35% de alta renda.

No entanto, a pesquisa sugere que os mais jovens (até 37 anos) e com renda mais elevada estão liderando a adoção digital no país. Cerca de 50% dos jovens de alta renda realizaram suas últimas compras por meio de canais móveis ou online, uma participação quase duas vezes maior do que a de outros brasileiros. Além disso, 74% afirmaram que preferem esse ambiente para fazer compras.

O hábito de usar dispositivos móveis para as compras impacta desde o estágio inicial até a conclusão dos pedidos de muitos brasileiros: 48% deles usam smartphones para consultar sobre produtos antes de tomar qualquer decisão. Isso é quase o dobro da participação encontrada nos outros mercados mencionados (Reino Unido, EUA e Austrália), onde os consumidores são muito mais propensos a tomar suas decisões indo à loja.

Ao observar ainda as formas de pagamento mais utilizadas em cada canal, o cartão de crédito é amplamente usado no comércio eletrônico por 62% dos brasileiros, enquanto o débito online é usado por 14%. Já os pagamentos com carteiras digitais e card on file (cartões cadastrados em sites ou aplicativos), correspondem a 7% (contra 10% nos EUA) e 4% (contra 20% nos EUA), respectivamente. Já nas compras em lojas físicas, constatou-se que a preferência por meios eletrônicos de pagamento (cartões de crédito e débito) somam quase 55% da preferência dos consumidores, contra pouco mais de 31% de preferência por dinheiro em espécie.

A pesquisa foi realizada com 2.105 consumidores no Brasil, entre 25 de novembro e 16 de dezembro de 2020, e com e 502 estabelecimentos, de 4 de novembro a 18 de dezembro de 2020.

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