Dez startups são selecionadas para terceira fase do Capital Empreendedor

Última etapa paranaense terá treinamentos e mentorias até outubro, com o objetivo de capacitar as empresas para captação de investimentos

A Smartcon, de Pato Branco, tem como sócios Fabiano Picolotto, Juliano Chiapin, Lucio Paulo Nunes Junior, Rafael Mocelin e ainda Bruno Freitas que não está na foto (Crédito – Divulgação)

Estão definidas as startups finalistas da edição 2021 do Programa Capital Empreendedor no Paraná. Neste ano, o Programa, iniciativa do Sebrae Nacional para preparar empreendedores e sócios fundadores de negócios inovadores no âmbito dos investimentos de risco, recebeu 768 inscrições e o Estado teve o maior número de inscritos, 216 (28,1%). Das 30 paranaenses selecionadas na etapa anterior, dez seguem para uma extensa programação que começa no dia 19 e vai até outubro: Bnyou, Giro.Tech e L1 Smart Solutions, de Curitiba; AgroFlux, de Campo Mourão; Maker e Mapperidea, de Cascavel; SerfoFiel Tecnologia, de Dois Vizinhos; QualityStorm, de Londrina; Smarcon, de Pato Branco; e Mush, de Ponta Grossa.

As melhores de cada Estado serão reunidas em novembro, para a fase nacional, com o Circuito de Investimento, em que os empreendedores apresentarão seus negócios a grupos de investidores. Elizandro Ferreira, consultor do Sebrae/PR, adianta que as dez startups passarão por mentorias individuais e coletivas a partir da segunda metade deste mês, em áreas como negócios, comportamento, crescimento, produto, vendas e governança, de forma 100% online.

“As startups do Paraná estão tendo muita relevância, com níveis muito interessantes de maturidade. Os avaliadores (de auditoria externa) tiveram muitas dificuldades para selecionar apenas dez delas, frente ao alto nível apresentado pelos participantes”, relata Elizandro.

A Mapperidea (www.mapperidea.io), de Cascavel, no oeste do Estado, tem vivenciado mudança radical na forma de apresentar a empresa, fruto da participação no Programa, segundo Reginaldo José Schollemberg, diretor de operações da empresa.

“Tivemos uma melhoria extraordinária [na forma de apresentar a empresa], graças aos especialistas e suas experiências em rodadas com investidores. Aprendemos muito e nossa apresentação mudou cerca de70%”, compara Schollemberg.

O diretor da Mapperidea comenta que outra lição do Capital Empreendedor é que também é preciso avaliar se o investidor em potencial serve para a startup, não apenas o contrário. A expectativa é chegar ao final do Programa em condições de buscar aportes financeiros.

“Planejamos duas etapas. A primeira, com investimento para expandir a empresa; a segunda, novo aporte para internacionalização”, antecipa Schollemberg.

A Mapperideia desenvolveu uma máquina virtual de codificar programas baseada em conhecimento humano e inteligência artificial que é comercializada com desenvolvedores de software.

Reginaldo Schollemberg, diretor da Mapperidea, de Cascavel (Crédito – Divulgação)

A Smartcon (smartcon.dev.br), de Pato Branco, na região Sudoeste, desenvolveu uma plataforma para gestão escolar e agenda digital para creches e escolas, e foi uma das selecionadas para a terceira fase do Capital Empreendedor.

Juliano Picolotto, sócio da Smartcon, observa que o formato do Programa foi adequado às necessidades da empresa e que ter contato com pessoas que vivem no meio de captação de investimentos ajudou a entender melhor o contexto.

“Sempre estivemos muito focados na parte técnica do projeto e nem sabíamos por onde começar a busca por aportes. Nas fases anteriores, entendemos o que era importante, na visão dos investidores, e nos organizamos.”

Com a lição de casa feita, a expectativa é continuar avançando. “O foco é obter investimento, mas também trabalhamos para que a empresa fique bem estruturada para tanto. Mesmo que a captação não ocorra logo, com indicadores sólidos será uma questão de tempo”, vislumbra Juliano Picolotto.

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