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Queda de faturamento foi menor entre empresas que utilizam o comércio eletrônico

Pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a FGV, traçou perfil dos empreendedores que usam a internet para comercializar produtos

Queda de faturamento foi menor entre empresas que utilizam o comércio eletrônico
A família Acordi, Francisco ao centro, adotou estratégias digitais e conseguiu aumentar o faturamento do restaurante, em Dois Vizinhos (Crédito – Divulgação)

Desde o início da pandemia da Covid-19, os donos de pequenos negócios têm investido cada vez mais no mercado digital. De cada dez empresas, sete já comercializam seus produtos e serviços pela internet. E esse investimento tem sido recompensado. Segundo a 11ª edição da pesquisa “O Impacto da pandemia de coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as empresas que aderiram a essa modalidade de vendas conseguiram reduzir a queda no faturamento. O levantamento revela que os pequenos negócios que atuam no mundo virtual apresentaram uma queda de faturamento de -42% (em média), contra perdas de -44% (para quem não está no ambiente virtual).

Juliano Lima, consultor do Sebrae/PR, relata que a pandemia acelerou o processo de transformação digital dos negócios.

“O processo de aceleração varia de acordo com o setor, mas, para efeito de comparação, estamos cinco anos à frente, em média, em termos de digitalização. As empresas que não se adaptarem correm o sério risco de ficar fora do mercado”, adverte Juliano.

O consultor ressalta que não basta apenas estar no digital, é preciso despertar o interesse das pessoas nos produtos e serviços. “É necessário ter presença forte, gerar conteúdos que agreguem valor e gerem engajamento”, completa.

O restaurante Sushi Kata, de Dois Vizinhos, no sudoeste do Estado, é um bom exemplo de como virar o jogo driblando os impactos da pandemia.

Francisco Acordi, sócio do restaurante, buscou informações e participou de treinamentos disponibilizados pelo Sebrae/PR. Tudo para acompanhar as tendências, a inserção digital entre elas. Com a pandemia, ele também aumentou o número de aplicativos de vendas por delivery.

“Com o Sebrae, entendi que precisávamos partir para o digital e sair das vendas apenas no presencial. Mudamos também o sistema de gestão do restaurante, para um que oferece um canal de vendas, e passamos a aceitar pedidos para entrega pelo nosso próprio site”, lista Acordi.

Em 2020, o restaurante conseguiu repetir o faturamento de 2019. Neste ano, os resultados são animadores e o empresário atribui ao aumento das ações de marketing digital. Atualmente, 75% das vendas são feitas por delivery. No cenário anterior à pandemia, apenas 25% vinham das entregas.

“Nos primeiros cinco meses, tivemos incremento de 12%. Maio foi o melhor mês, com 18% a mais. Com o avanço da vacinação, imagino um cenário melhor a partir de setembro. Mas, o digital não será deixado em segundo plano”, admite o empresário.

Presença Digital
A pesquisa de Impacto da Pandemia nas MPE mostra que quem aderiu às vendas online e soube explorar melhor as ferramentas sentiu menos as consequências da crise. A comercialização de produtos pela internet foi acelerada pela pandemia. O Sebrae disponibiliza soluções de gestão, gratuitamente. Para saber mais, acesse o site (www.pr.sebrae.com.br).

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