A arquiteta paranaense Maiara Faria é quem assina o projeto do recém-inaugurado Habitat Senai, em Curitiba, um espaço colaborativo vinculado à Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Natural de Londrina e com mais de dez anos de experiência no mercado de trabalho, a profissional construiu um espaço para aproximar indústrias e incentivar empresas inovadoras a criar e executar novas soluções. Aliás, esse é um dos objetivos do local: promover o empreendedorismo de alto impacto.
“O conceito se fundamentou em três grandes pilares: conectividade, inovação e futuro hoje. Então, criei num ambiente que fosse muito além de um hub de inovação. Mais que isso, era preciso pensar num espaço inovador, diferente e impactante”, explica Maiara, que já assinou projetos em diferentes cidades e estados brasileiros, além de Milão, na Itália, e em Londres, no Reino Unido. De acordo com ela, o foco é a experiência do usuário. “O Habitat Senai está pronto para possibilitar o empreendedorismo de alto impacto tão importante e necessário nos dias de hoje”, ressalta.
O projeto, conforme o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, vai ao encontro da missão da entidade em promover e potencializar negócios para a indústria. “A indústria precisa de inovação. A evolução do produto e da competitividade dependem disso. E esse espaço vem justamente na busca de uma inovação mais integrada do Sistema Fiep com a indústria”, disse, no dia da inauguração do Habitat Senai.
No local de 685 m², foram projetadas nove salas de empresas, três de reunião, um auditório, uma sala de descompressão, copa, café, cabines telefônicas e arena de eventos. Além disso, as três fachadas de vidro permitem a integração com vista privilegiada da capital paranaense no campus da indústria do Sistema Fiep. “O Habitat é, hoje, resultado de um trabalho coletivo e prova de que um bom projeto pode aproximar diferentes ecossistemas em um único espaço inovador. Afinal, mesclamos conceitos de coworking com espaços colaborativos, criativos e inspiradores”, avalia Maiara Faria.
Entre os destaques do projeto estão elementos interativos, como os iglus, nominados por ela. “São painéis roxos arredondados que separam ambientes, entre a arena e as salas de reunião. Criam não apenas um corredor de passagem, mas, sobretudo, permitem privacidade em eventos com pitches e treinamentos que necessitam de lousas”, afirma a arquiteta. De acordo com ela, o mobiliário descolado, a grama sintética e itens de iluminação reforçam uma atmosfera moderna e contemporânea de jovialidade e inovação.
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