Até março de 2020, portanto antes da pandemia, a mentalidade de vendas dos distribuidores de segurança era muito mais voltada para produtos. Agora, os serviços figuram como a alternativa mais viável e com mais rentabilidade. Muito, evidentemente, pelos novos hábitos de consumo das pessoas por serviços online (Netflix, Uber, etc).
Marcelo Lonzetti, CMO da ztrax, afirma que o mercado de segurança evoluiu para os distribuidores de tecnologia em segurança eletrônica e está acompanhando novos hábitos que ganharam força na pandemia, a dos serviços em tempo real:
“Se temos filmes, música, comida e transporte de forma quase que imediata, a segurança também ganhou um grande espaço. Saber que algo fora do normal está acontecendo na segurança da sua empresa em tempo real facilita a mobilização de esquipes táticas contratadas. Se ficamos atentos com o trajeto do entregador de pizza, nada mais natural termos esse nível de rapidez na informação com os perigos que rodam nossas empresas”.
Ninguém quer mais apenas uma câmera sem apoio
Para Eduardo Viana Melo, Diretor Comercial da Horus Telecom, o mercado de serviços em segurança ganhou força:
“A nossa atual situação fortaleceu e favoreceu a distribuição de toda essa tecnologia, ainda mais com o distanciamento social. Temos colaboradores em home office, então é normal que muitas empresas estejam com menos funcionários em seus espaços físicos. Com menos gente circulando nas ruas e nas sedes de algumas empresas, o risco de uma tentativa de invasão só aumenta. Quanto mais tecnologia para vigilância, menores serão a chances de algo errado acontecer.”
Mercado maduro
As empresas distribuidoras de segurança se adaptaram rapidamente ao que está acontecendo. Se antes bastava apenas vender alarmes e esperar pelo melhor, agora a prestação de serviços tomaram a dianteira.
Eduardo Viana Melo ressaltou que os serviços para segurança mudaram o jogo. Antes, as empresas compravam sistemas de alarme sem serviço de apoio e o que se escutava eram alarmes soando sem nenhuma equipe tética chegando para o apoio necessário:
“Quem trabalha com segurança já percebeu que prestar um serviço é melhor que apenas vender equipamentos. Além da receita recorrente gerada pelos serviços de monitoramento de segurança, temos a necessidade das empresas por um atendimento mais preciso, em tempo real. Se não atender uma ocorrência no momento exato, de nada adianta instalar câmeras ou possuir um vigilante sem poder de acionar uma central”.
Demanda do mercado é tendência com o avanço da vacinação, as empresas estão retomando suas atividades em um ritmo parecido com o período pré-pandêmico – e com novas empresas sendo criadas. A necessidade de rastrear colaboradores que trabalham diretamente com pessoas, como nas portarias, é um bom exemplo de como está a procura por estes serviços.
Viana afirma que as empresas querem este acompanhamento desde que o controle seja eficiente, com acionamento em tempo real em ocorrências que gerem estresse ou pânico: “A pandemia mostrou que serviços online vieram para ficar e aqueceu o setor de tal forma que muitas empresas estão buscando serviços mais personalizados, com parametrizações e atendimento em tempo real. A segurança foi um dos setores que mais evoluíram na pandemia.”