Chamados estais, estrutura é feita de aço protegida por cera de petróleo especial. Obra já tem 67% de execução. Recursos são da Itaipu Binacional.
Os primeiros estais de sustentação da futura Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu (PR) e Presidente Franco, começaram a ser tensionados neste mês de agosto, na margem brasileira. A informação consta de boletim técnico divulgado nesta semana pelo consórcio responsável pelas obras.
De acordo com o documento, os estais são compostos por um conjunto de cabos de aço protegidos por cera de petróleo especial. O material também é coberto de tubo antivandalismo galvanizado e bainhas de polietileno de alta densidade (PEAD), na cor amarela.
Até o final da obra, o consórcio projeta que serão tensionados 116 estais, no total, com ângulos, quantidade de cabos de aço e comprimentos diferentes, variando de 66 a 263 metros de extensão.
O boletim indica ainda que 67% das obras da ponte já foram executados, com investimento de aproximadamente R$ 155 milhões dos R$ 323 milhões previstos – recursos da Itaipu Binacional. As obras estão dentro do cronograma e a expectativa é que sejam concluídas em meados de 2022.
Outras atividades
Também neste mês de agosto, na margem brasileira, foi feita a pré-montagem de mais duas aduelas metálicas, de um total de 37 que serão posicionadas no vão central da nova ponte internacional. E a instalação de tubos no mastro principal, que deverá atingir 175 metros até o final do mês (de 190 metros previstos), da fundação ao topo.
Na margem paraguaia, foram posicionadas lajes pré-moldadas sobre uma das aduelas. No mastro principal, as equipes concluíram as execuções da câmara de transição e iniciaram as execuções da câmaras de estais. Ao final do mês, o mastro principal paraguaio deve atingir até 151 metros de altura.
Como vai ser
A Ponte da Integração Brasil-Paraguai será do tipo estaiada, terá 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros. Serão duas pistas simples com 3,6 metros de largura, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro nas laterais. A estrutura será maior que a Ponte Internacional da Amizade, hoje única ligação do Brasil com o Paraguai sobre o Rio Paraná, e terá o maior vão-livre da América do Sul.
A iniciativa é do governo federal, com gestão do governo do Estado e recursos da margem brasileira da Itaipu Binacional.
Perimetral Leste
O boletim do consórcio também informa sobre o andamento das obras da Perimetral Leste, que vai ligar a nova ponte à BR-277. Até o momento, foram executados 3,3% da obra, com investimento de R$ 3,43 milhões dos R$ 140 milhões previstos. Os recursos também são da margem brasileira de Itaipu.
Neste mês de agosto, foram mantidas as obras no viaduto da BR-469, com posicionamento de 38 estacas-raiz, estruturas que servem de apoio à estrutura; e iniciadas as obras no viaduto da Ponte Tancredo Neves.