Rodízio de água continua em Curitiba e região; especialista dá dicas para economizar água

Níveis dos reservatórios aumentam, mas rodízio obriga população a administrar melhor uso da água

A Sanepar divulgou nesta semana mais uma estiagem severa. Além do abastecimento de água, a seca prejudica agricultura, saúde e agrava riscos de incêndios. O nível da capacidade dos reservatórios da Sanepar nesta quarta-feira (25) está em 52,67%. Mas não o suficiente para encerrar o rodízio anunciado no início do mês. Atualmente, 14 cidades da Região Metropolitana de Curitiba (incluindo a capital) têm o fornecimento de água durante 36 horas com suspensão de até 36 horas, ou seja, um dia e meio com água e um dia e meio sem. Outras cidades do estado seguem em alerta no abastecimento.

De acordo com o doutor em Engenharia Mecânica e professor do mestrado e doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP), Alysson Nunes Diógenes, o Paraná tem enfrentado uma estiagem que já se prolonga há alguns anos. “Mesmo que o inverno seja a estação mais seca, tem chovido menos que o esperado. Inclusive, os meteorologistas indicavam, já no começo do ano, que 2021 deveria ser o mais seco em mais de 100 anos”, explica.

Mesmo diante desse cenário, há boas notícias. “Na média, mesmo vivendo uma seca histórica, os reservatórios estão mais cheios em 2021 que em 2020. Isso quer dizer que as ações da Sanepar, com a colaboração, consciente ou forçada, da população, têm funcionado. Isso dá a esperança de que, continuando a economia e, chovendo dentro da média, em breve poderemos retornar aos níveis de 2019, quando os reservatórios estavam cheios”, avalia. A Sanepar economizou aproximadamente 46,6 bilhões de litros de água desde o início do rodízio de abastecimento, em março de 2020, até fevereiro deste ano.

Enquanto a população espera por uma situação mais favorável, as medidas para economizar água continuam. “Por parte da Sanepar, rodízio e obras. Por parte da população, ações simples fazem toda a diferença”, ressalta Diógenes. Confira as dicas do especialista:

– Uso de balde em vez de mangueira: com balde, é possível saber exatamente a quantidade de água que está sendo gasta.
– Redução de vazamentos: nada de pinga pinga pela casa. Em especial, as caixas acopladas e descargas de parede mal ajustadas podem ser grandes fontes de problemas.
– Banhos mais curtos: ajudam na conta de água e também na de energia.
– Balde no chuveiro: especialmente no inverno, até a água do chuveiro esquentar, é possível deixar um balde embaixo do chuveiro. Com isso, economiza-se até 20 litros, o suficiente para dar pelo menos duas descargas.
– Guardar a água da máquina de lavar roupa: usar para lavar calçadas e pisos.
– Garrafa PET na descarga: se o vaso sanitário tiver caixa acoplada dá para encher uma garrafa PET com água, areia ou pequenas pedras dentro da caixa. Assim, a garrafa ocupará o espaço da água e, a cada descarga, o tamanho da garrafa será economizado.

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