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Canais marítimos mantém a navegação relevante para os negócios

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(*) Caroline Brasil

No início de 2021 acompanhamos pelos noticiários o navio que encalhou no Canal de Suez e todos os impactos que tal situação gerou para a navegação internacional. Eles foram sentidos por empresas e indústrias que esperavam seus insumos, assim como por consumidores aguardando a chegada de seus produtos. Sem entrar em detalhes com relação aos aspectos financeiros e de legislação também envolvidos.

Esse é um bom exemplo, ainda, de como o transporte marítimo movimenta, diariamente, um grande volume de cargas e é essencial para a manutenção da produção dos produtos que utilizamos. Naquela ocasião, em dado momento, foi registrado um congestionamento de mais de 400 navios aguardando a liberação do canal que possui pouco mais de 190 km de extensão e liga os mares da Ásia e Europa.

O Canal de Suez é importante para todo o mundo, pois torna o acesso marítimo muito mais rápido do que contornar o continente africano (um trecho que envolve mais de 6 mil km). Sua travessia leva, em média, 14 horas. Já contornar o continente levaria mais de uma semana, sem escalas. Ele possibilita agilidade para todos, além de economia de combustível e menor desgaste dos navios.

Mas você deve estar imaginando que esse não é o único canal que liga dois oceanos, já que há também o Canal do Panamá famoso pelas eclusas. E está correto, pois ele é tão importante quanto Suez e tem os mesmos benefícios. O que diferencia um do outro, além da localização, é que o Canal de Suez não possui eclusas porque, praticamente, não há desnível entre o percurso.

Nesta quinta-feira, 30 setembro, é celebrado o Dia da Navegação, uma oportunidade para, além de lembrar dessa forma de viajar e conhecer novos lugares, refletir sobre o transporte de produtos. Afinal, esses dois locais são muito importantes na logística internacional, já que o valor agregado e o volume das mercadorias por eles transportadas inviabiliza o uso de outra opção de modal. Lembramos do ocorrido no início do ano porque, infelizmente, os canais só ganham a devida notoriedade quando há algum desastre envolvido.

Ambos os exemplos são obras centenárias da Engenharia e deveriam ser constantemente exaltados pelo trabalho árduo, diuturno e excelente realizados pelos seus colaboradores. Não é exagero dizer que eles possibilitam a manutenção do mundo globalizado. Daqui em diante, sempre que você realizar uma compra internacional, tenha em mente que seu produto pode ter percorrido um desses dois canais antes de chegar em sua casa.

(*) Caroline Brasil é coordenadora dos cursos de pós-graduação da área de Negócios do Centro Universitário Internacional UNINTER

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