Modelos vestidas de noiva vão tomar conta da “Boca Maldita de Curitiba”

O renomado estilista  Edson Eddel programou para a próxima quarta-feira (22) a “Caminhada das Noivas” tendo como ponto de partida  a “Boca Maldita de Curitiba” (tradicional local histórico da Capital paranaense).

Reunindo perto de 50 modelos (40 já confirmaram) a caminhada vai  percorrer  toda a Rua XV de Novembro, ou Rua das Flores como é conhecida, encerrando na escadaria da Universidade Federal do Paraná, na Praça Santos Andrade, com um amplo desfile das  modelos.

Com apoio da Abrasel  (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e União dos Lojistas da região central, a proposta é iniciar movimento não só  para ativar o segmento de eventos, duramente atingido pela pandemia, mas também chamar atenção das autoridades para a gravidade que o setor enfrenta.

O acontecimento também objetiva despertar ânimo aos lojistas que abrange o setor movimentando, principalmente, o segmento de  noivas. Para o estilista Edson Eddel “a pandemia trouxe muitos prejuízos para este setor e os profissionais do ramo estão apostando neste evento como sendo a última cartada para o mercado reagir”.

DESCASO

          Enfatiza ainda Edson Eddel, que “é preocupante o descaso das autoridades econômicas, que não planejaram  auxílio à categoria. Daí que, enquanto entidades da nossa área buscam retomar as atividades, voluntariamente promovemos iniciativas como a Caminhada das Noivas para chamar atenção das autoridades das dificuldades que o setor enfrenta e também incentivar o segmento que continue reivindicando apoio. ”

De acordo com o estilista, “a escadaria da universidade, onde terminará a caminhada,  será uma espécie da passarela  onde as dezenas noivas estarão mostrando, além do clássico branco, mas também  uma paleta de cores com vestidos de várias tonalidades, pois apesar do baixo movimento do setor, a procura pelos coloridos se mostrou significativa”.

ABANDONO

De acordo com levantamentos de entidades, o segmento de eventos amarga o abandono pelas autoridades que não consideram  essa atividade como uma das afetadas pela pandemia do Covid-19, conforme já foi demonstrada, há um  ano, numa lista  publicada em portaria do Diário Oficial da União.

Responsável por 4,32% do PIB nacional e com movimentação anual de R$ 1 trilhão, a produção de eventos realiza mais de 600 mil empreendimentos por ano em todo o país, segundo entidades ligadas ao   segmento.

Com o cancelamento de eventos, além de outras consequências, o destaque são os milhares de desempregados cuja  realidade não foi suficiente para o Governo Federal  considerar o setor como um  dos afetados pela pandemia da Covid-19.

De acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a pandemia afetou em 98% o setor de eventos. E ainda de acordo com o levantamento, o faturamento apresentou uma queda entre 76% e 100% se comparado com os períodos antes da pandemia.

 

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