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Nossa cerveja, agora mais cara

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Joni Tadeu Borges (*)Como era de se esperar, chegou a vez da cerveja, uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros, ter o seu preço majorado. Sim, os apreciadores estão pagando mais caro pela bebida neste mês.

Durante todo ano, ouvimos e sentimos no bolso o aumento no preço de vários produtos como a carne, café, arroz, gasolina, energia elétrica e, agora, chegou a vez da cerveja.

É o efeito da inflação que está presente no atual cenário econômico brasileiro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou no início de outubro uma inflação acumulada nos últimos doze meses de 10,25%, sendo que, isoladamente, o preço da cerveja subiu 1,32% somente em setembro.

Sentindo o aumento dos custos envolvidos na produção da bebida, a Ambev, empresa que reúne marcas como Antarctica, Bohemia, Brahma, Serramalte, Skol e Stella Artois, comunicou o reajuste no preço da cerveja para nivelar aos impactos causados pela inflação e, ainda, que o reajuste será diferente dependendo das regiões, marcas, embalagens e canais de distribuição, variando de 4% a 6%. Outras marcas de cerveja devem acompanhar os novos preços praticados no mercado e reajustar seus preços também.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) considera que o setor sofreu grandes perdas devido às restrições causadas pela pandemia e, com certeza, o aumento divulgado pela Ambev será repassado para o consumidor final, podendo chegar a 10%, acompanhando os indicadores inflacionários.

Mesmo o consumidor pagando mais caro pela cerveja, as vendas não diminuirão demasiadamente, porque o aumento no preço ocorre num período de flexibilização da ampliação de horário e da capacidade de público dos bares e restaurantes, da liberação de eventos sociais de maiores proporções e, sem contar, a chegada do verão e festas de final de ano.

O consumidor precisa estar atento aos preços. Pesquisando em cinco supermercados de Curitiba, o valor da cerveja marca A (lata) de 350 ml varia de R$ 2,59 a R$ 2,89, o que representa 11,59% de diferença.  Este exemplo, pode ser aplicado em qualquer região do país e para qualquer marca de cerveja. Outro detalhe a ser observado é que algumas marcas estão colocando outras opções de embalagens, reduzindo a capacidade de 600 ml para 550 ml ou de 350 ml para 269 ml, mas o preço não reduz na mesma proporção.

Cerveja mais cara e o Brasil, provavelmente, continuará mantendo a terceira posição mundial dos países consumidores de cerveja, ficando apenas atrás da China e Estados Unidos.

 

(*) Joni Tadeu Borges é especialista em Administração de Empresas, tem MBA em Finanças Corporativas e Gestão de Riscos e é professor de Comércio Exterior nos cursos de graduação e pós-graduação do Centro Universitário Internacional Uninter.

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