Estrutura no Paraná ajuda Flávia Taborda a tratar de carcinoma mamário grau III, um dos mais agressivos; Instituto de Pesquisa do GNDI realiza estudo internacional sobre eficácia da imunoterapia na expectativa de vida das pacientes
O mês do Outubro Rosa tem como característica um alerta às mulheres sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. Porém, algumas histórias também servem como lembrete de outras questões da sociedade tão importantes quanto. É o caso da Flávia Taborda, beneficiária do Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), que sobreviveu a uma tentativa de feminicídio antes de tratar um carcinoma mamário grau III no Centro Oncológico de Curitiba, em 2021.
Flavia, que é técnica de enfermagem, começou a tratar o tumor em fevereiro deste ano, quando sentiu um caroço na mama direita após um autoexame em meio à pandemia. “Lembro que fiquei sem chão. Chorei, gritei e senti uma angústia que só quem tem esse diagnóstico sabe”, relembra. “Porém, sabia que o desespero não me traria a cura. Marquei consulta com a mastologista do GNDI, que me explicou tudo que aconteceria dali para a frente”.
Assim, ela enfrentou um tratamento agressivo, por conta do grau do tumor: foram 16 sessões de quimioterapia, com a queda dos cabelos, dores e sensações de mal-estar durante o período. Uma luta que Flavia enfrentou por ela e pelo filho, de 11 anos de idade.
A 15 sessões de radioterapia e 6 meses de concluir seu tratamento, Flavia relembra que esse não foi o seu primeiro desafio pela vida: em 2018, ela sofreu uma tentativa de feminicídio pelo seu ex-marido, que a atingiu com seis facadas. Na emergência, ela precisou passar por uma cirurgia cardíaca, pois uma facada havia atingido o seu coração. Assim como a luta atual, ela superou tudo com o apoio do filho e da mãe, com quem mora atualmente.
“Deus cuida de cada detalhe da minha vida. Tive anjos que cuidaram de mim no GNDI, que foram escolhidas a dedo. Agradeço a Dra. Erica e a oncologista Dra. Geórgia, assim como os médicos e enfermeiras que tiveram um carinho e preocupação que superou qualquer expectativa”, enaltece Flavia. “Câncer de mama tem cura, sim. Prevenção é tudo!”
Instituto de Pesquisa do GNDI tem projeto com imunoterapia para aumentar expectativa de vida de pacientes
O Instituto de Pesquisa do Grupo NotreDame Intermédica, braço do GNDI voltado para a produção de conhecimento científico relevante e tratamentos inovadores aos beneficiários, avança em estudos de padrão internacional voltados para o tratamento do câncer de mama.
Um deles, inclusive, é o estudo denominado trial internacional (ensaio clínico), multicêntrico, fase III, para o câncer de mama triplo negativo com recidiva precoce: o tratamento – de padrão ouro e patrocinado pela farmacêutica Roche – avalia como a imunoterapia, associada à quimioterapia, pode contribuir para aumentar a expectativa de vida de pacientes.
Pesquisas assim significam, na prática, uma atuação constante em prol de soluções que ajudem todas as mulheres brasileiras, assim como as beneficiárias do GNDI, uma vez que são parcerias internacionais para a evolução da Medicina.
Oncologista reforça incentivo do GNDI em exames preventivos
O diagnóstico precoce é vital para o combate eficaz ao câncer de mama. Conforme explica a oncologista do GNDI e coordenadora médica do Centro Oncológico GNDI em Curitiba, Dra. Raquel Cristina Skrsypcsak Andrade, o trabalho da Companhia, em 2021, foi pelo incentivo e manutenção dos exames preventivos para um diagnóstico precoce dos tumores.
“Ao contrário de muitas operadoras que solicitaram às suas beneficiárias que aguardassem a pandemia passar para realizarem seus exames de rotina, o GNDI estimulou o diagnóstico precoce, ação fundamental para o tratamento do câncer de mama”, afirma. “Certamente, a pandemia da Covid-19 deixou muitas mulheres com receio de irem buscar ajuda e realizarem seus exames de rastreamento de câncer. Até por isso, atualmente, é perceptível mais casos avançados de câncer de mama”.
Na região Sul do País, segundo o INCA, temos um índice de casos do tumor de 71 para cada 100 mil pessoas, o 2º maior do Brasil. Para a oncologista, a incidência de câncer de mama está intimamente relacionada ao estilo de vida das mulheres: hábitos alimentares pobres em fibras, sobrepeso/obesidade e sedentarismo e, também, a fatores genético.
“No Sul do Brasil, por exemplo, temos milhares de casos descritos de uma síndrome genética disseminada por um tropeiro do século XVIII, chamada Síndrome de Li-Fraumeni, que comumente causa câncer de mama em mulheres jovens. Provavelmente, esses fatores contribuem para termos mais pacientes acometidas pela doença em nossa região”, pondera Raquel.
Mais informações acesse https://www.gndisul.com.br.
bruno.muller@approach.com.br