sexta-feira, 15 novembro 2024
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Aquecimento do mercado imobiliário deve se manter no próximo ano

Setor tem alta de vendas e cenário favorável, mas especialista destaca que não existe um novo “boom” imobiliário

Mesmo com a desaceleração econômica provocada pela pandemia, o setor imobiliário está com um dos melhores índices da última década. De acordo com dados do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), ligado ao Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), o Índice de Vendas de Usado Sobre Oferta (VUSO) é o maior registrado desde 2013, época em aconteceu o chamado “boom imobiliário”. Entre janeiro e agosto de 2021, a média do VUSO foi de 5,8%, contra os 5,6% daquele ano.

Quem está procurando imóveis para comprar nos últimos meses também percebeu uma alta de preços. Somente os apartamentos em Curitiba acumularam um aumento 8,6% entre janeiro a setembro de 2021, segundo o Imovelweb Index. Estaria o mercado imobiliário vivendo um novo “boom”? Para João Felipe Motter Gottschild, presidente da Rede Imóveis, o cenário é favorável e segue uma regularidade.

“O mercado imobiliário historicamente apresenta aumento de preços. Assim como qualquer mercado, pode haver oscilações, mas além de ter poucos momentos de desvalorização, se analisarmos este número, de 8,6%, percebemos que ele está até dentro de uma normalidade, considerando que já tivemos período de avanço muito maior”, analisa e complementa: “Desta forma, e também considerando a mudança de comportamento do consumidor, não considero que estamos tendo um “boom”, analisa.

No último ano, os brasileiros tiveram acesso a baixas taxas de juros de financiamento imobiliário, que agora foram reajustadas devido às constantes altas da Selic. A Caixa Econômica Federal, o banco mais procurado pelos compradores, acabou de aumentar para 8% os juros do financiamento com Taxa Referencial, um dos mais utilizados – apenas para comparação, o banco tinha uma taxa básica em torno de 2% por ano até março de 2021.

Mas, essas correções mais elevadas ainda não devem provocar uma desaceleração imobiliária, avalia o presidente da Rede Imóveis. “Sem dúvida, no ano passado o mercado imobiliário foi impulsionado pelos juros mais baixos. Dessa forma, os investidores que buscavam somente uma opção como investimento por não terem retorno em outras aplicações, podem eventualmente buscar outras opções. Entretanto, sabemos que a segurança que o investimento em imóvel tem é um fator que atrai muitas pessoas a comprar, além disso, mesmo com juros um pouco mais altos, comprar um imóvel continua valendo a pena, tendo em vista que o retorno sempre ocorre a longo prazo”.

Outra tendência observada na pandemia que deve permanecer é a busca por imóveis maiores ou com mais espaços de lazer. “O consumidor passou a enxergar a importância de áreas de lazer maiores, penso que a qualidade de vida em casa continuará sendo um ponto determinante na decisão da compra de um imóvel”, presume João Felipe Motter Gottschild.

Sobre a Rede Imóveis
Com 28 anos de atuação e pioneira na formação de Redes Imobiliárias no Brasil, a Rede Imóveis é uma associação de 11 imobiliárias tradicionais de Curitiba, com o objetivo de facilitar a negociação de quem quer comprar, vender ou alugar imóveis. A Associação Rede Imóveis é formada pelas empresas: Galvão, Imobiliária Razão, Kondor Imóveis, Baggio Imóveis, Imobiliária Cilar, Cibraco Imóveis, Imobiliária 2000, Futurama Imóveis, Habitec Imóveis, Paulo Celles Imóveis e Casa ao Lado. Mais informações no site www.redeimoveis.com.br.

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