Início Destaques do Editor Dia Mundial do Diabetes: Doença renal do diabetes é a segunda causa...

Dia Mundial do Diabetes: Doença renal do diabetes é a segunda causa de ingresso na diálise no Brasil

0

Acompanhamento médico é fundamental, pois a doença renal crônica não costuma ter sintomas até estágios mais avançados

No próximo domingo, 14 de novembro, é o Dia Mundial da Diabetes. Geralmente, lembrada por ser um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, muitas pessoas não sabem que também é uma das principais causas da doença renal crônica, que provoca lesões irreversíveis nos rins.

“A diabetes é a principal causa de doença renal crônica no mundo e a segunda causa de ingresso na terapia renal substitutiva no Brasil segundo o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2019, sendo responsável por 32% dos pacientes em diálise”, revela a nefrologista Dra. Luciana Soares Percegona, chefe do Serviço de Nefrologia e Transplante Renal do Hospital São Vicente Curitiba.

Qualquer pessoa com diabetes pode desenvolver a doença renal do diabetes (também chamada de Nefropatia Diabética), que provoca lesões progressivas nos rins e pode evoluir para a doença renal crônica terminal. Em estágios avançados, pode ser necessário diálise ou transplante renal. “Não é obrigatório o paciente diabético estar em diálise para entrar na lista de espera para o transplante, mas precisa ter uma função renal menor que 15ml/min”, explica a nefrologista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de pessoas com doença renal crônica avançada é crescente – atualmente, são mais de 140 mil pacientes em diálise no país. A estimativa é de que em 2040 a doença renal crônica possa ser a 5ª maior causa de morte no mundo.

“Está ocorrendo um aumento da doença renal crônica devido ao envelhecimento da população e pelo aumento de casos de obesidade, diabetes e hipertensão arterial. A prevalência da doença renal crônica no mundo é de 7,2% para indivíduos acima de 30 anos e varia de 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos”, revela Dra. Luciana Soares Percegona.

Controle para um diagnóstico precoce

A nefrologista explica que quanto mais controlada estiver a glicemia, menor é a chance de o paciente evoluir para a doença renal crônica. “Não é apenas tomar a medicação, mas fazer o controle rigoroso com o médico assistente para verificar através do exame físico, o peso, a pressão arterial e alterações retiniana, e por meio de exames laboratoriais avaliar o controle da glicemia, do colesterol e da função renal”, detalha.

A presença de microalbuminúria, que pode ser detectada em um simples exame de urina, é um dos sinais iniciais de que existem lesões nos rins. “Nos pacientes portadores de diabetes tipo 1, a prevalência de microalbuminúria é de 22% após 5 anos do diagnóstico da doença. Entretanto 2,7% dos pacientes com diabete melito tipo 2 já têm microalbuminúria no momento do diagnóstico da diabetes”, pontua Dra. Luciana Soares Percegona.

Quando a doença renal crônica é diagnosticada de forma precoce, na maioria dos casos pode ter sua progressão controlada. Contudo, ela é silenciosa, por isso a importância do acompanhamento médico. “A progressão da doença renal crônica é lenta, permitindo que o organismo se adapte à perda da função renal e, em muitos casos, os sintomas só acontecem num estágio avançado da doença”, afirma a nefrologista.

Dra. Percegona ainda destaca que é necessário prestar atenção a alguns sinais que podem indicar a doença, como a noctúria (necessidade de se levantar várias vezes à noite para urinar), alteração no volume, cor ou presença de espuma na urina, inchaço nas pálpebras, nos tornozelos e pés, fraqueza, perda do apetite, náuseas e vômitos.

“Mas, a prevenção ainda é a melhor estratégia. Consultas periódicas, controle rigoroso da glicemia e da hipertensão, redução do peso, parar de fumar, além do controle dietético e atividade física são medidas fundamentais para prevenir ou reduzir a evolução para doença renal crônica terminal em um paciente diabético”, ressalta Dra. Luciana Soares Percegona.

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF
O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.

 

SEM COMENTÁRIOS

Sair da versão mobile