A Ebury, fintech global de pagamentos internacionais do Grupo Santander que oferece soluções especializadas para atender pequenas e médias empresas no Brasil e no mundo, lançou neste fim de ano um serviço que atende as empresas brasileiras exportadoras: a abertura de contas no exterior.
Com o ganho de relevância do e-c e marketplaces no varejo, pequenos e médios empreendedores que comercializam seus produtos em sites internacionais são beneficiados pela conta da Ebury, explica Claudia Bortoletto, que lidera a operação comercial da startup no Brasil. Hoje, aponta ela, um vendedor precisa de uma conta no exterior para poder exportar do Brasil e enfrenta dificuldades em fazer a abertura em um banco estrangeiro, mesmo para transacionar moedas líquidas como dólar e euro.
Embora tenha sido pensada para o público de pequeno e médio porte, a conta tem funcionalidades que são um diferencial também para as grandes empresas, explica a executiva. “Uma multinacional brasileira, por exemplo, pode pagar funcionários a partir do Brasil, a partir de sua conta em reais, por meio de sua conta na Ebury, em quaisquer outros países em que esteja presente”. A Ebury oferece contas locais em até 20 moedas e capacidade de recebimento em até 50 moedas.
A plataforma realiza a conversão dos valores a serem pagos pelas empresas a partir do dólar ou euro e os pagamentos são realizados na moeda em que o correntista escolher – são 130 à disposição. “Temos soluções massivas e automatizadas de pagamento para pequenas, médias e grandes empresas. São serviços pouco disponíveis no mercado brasileiro, mesmo para as grandes”, destaca Claudia.
Na Ebury, além de poder transacionar em um leque muito maior de divisas, o processo de abertura é totalmente digital e rápido.
A fintech chegou ao Brasil em maio, sob o comando de Fernando Pierri, que é Chief Commercial Officer (CCO) da operação global. Hoje, a Ebury possui 48 mil clientes, em todo o mundo, que transacionam US$ 23 bilhões ao ano. Nesses primeiros meses de operação no Brasil, a empresa já soma um volume de meio bilhão de reais transacionados.
“Para o Brasil, os planos são de consolidar o crescimento, aumentando também a oferta de produtos”, diz a diretora comercial. Outra frente que deve ser explorada em breve pela Ebury no País é a de soluções de hedge cambial. A equipe brasileira da fintech, atualmente composta de 15 pessoas que ficam em São Paulo, é altamente qualificada, oriunda de grandes bancos como Santander e Citi.
O time deve dobrar de tamanho nos próximos meses e mesmo com o quadro atual, o atendimento aos clientes é personalizado. O cliente da Ebury tem a opção de contatar seu especialista de mercado que acompanha o relacionamento com a empresa por telefone, além de utilizar os canais automáticos.