A gestação, mesmo com todos os desafios que acometem cada mulher, de forma diferente, é algo especial. A ideia de gerar uma vida faz com que muitas mulheres suportem dores até então desconhecidas, entrem na maratona das noites em claro e encarem a montanha russa de hormônios com bravura. A saúde da mulher exige cuidado e atenção constantes, principalmente no puerpério – período após o parto –, em que o tempo se torna escasso frente aos cuidados com a criança.
Um fator bastante comum, e que acomete a todas as recém mamães, é o sangramento que ocorre nas primeiras semanas após o nascimento do bebê e que pode ser caracterizado pela perda de mais de 500 ml de sangue nas primeiras 24 horas após o parto.
Por que acontece?
Conhecido como lóquio, esse sangramento no pós-parto é normal e ocorre, em grande parte, por causa da ferida que surge quando a placenta se separa do útero, mas pode ter sua origem também em cortes e fissuras que possam ter ocorrido durante o parto. Com a contração natural do útero e retorno ao seu tamanho original, o sangramento diminui até desaparecer.
Como saber se há risco?
Por volta dos cinco primeiros dias, o sangramento pode ter um tom vermelho vivo e vir acompanhado de coágulos, que diminuem com o passar dos dias.
Porém, se houver a presença de coágulos em grande quantidade ou o sangramento exceder à capacidade do absorvente no período de uma hora, é importante consultar o médico.
O volume do sangramento não tem relação com o tipo de parto. O fator principal é a capacidade de contração do útero. Quanto melhor essa capacidade, mais rápido os vasos serão fechados e menor e mais curto será o sangramento. Alguns outros fatores particulares de cada mulher, como capacidade de coagulação, também são importantes, mas esse sangramento dura, em média, cinco semanas.
4 dicas para amenizar o lóquio
1. Existem formas de amenizar o desconforto durante o período de sangramento no pós-parto. A principal delas é o uso exclusivo de absorventes externos específicos para incontinência urinária que tem uma absorção superior comparado aos absorventes femininos que, além de terem controle de odor, evitam a proliferação de bactérias causadas com a introdução de absorventes internos. Além disso, optar pelo uso de calcinhas confortáveis pode ajudar.
Atualmente, a tecnologia e a inovação no mercado trouxeram produtos específicos, que oferecem proteção e cuidado para essas mulheres. As roupas íntimas descartáveis são discretas, se moldam ao corpo, possuem camadas respiráveis para melhor circulação de ar, que reduzem o risco de irritações e neutralizam possíveis odores, além de garantir toda a segurança contra vazamentos. A TENA é uma das marcas mais indicadas pelos especialistas e faz parte da Essity, empresa sueca, líder mundial de higiene e saúde que investe, constantemente, em produtos que quebram barreiras pelo bem-estar.
2. Tenha uma rede de apoio, ajuda é sempre bem-vinda. Divida os períodos e tarefas com o marido, avós e todos que possam ajudar e fazer com que este grande trabalho se torne um prazer e momento de união familiar. Todos precisam dormir de 7 a 8 horas por dia, para isto, organizar e dividir os cuidados com o bebê são fundamentais.
3. Entenda o blues puerperal, que é quase universal a todas as mulheres no pós-parto. Uma sensação de tristeza e choro fácil, que dura alguns dias. Pode ser mais intenso em algumas mulheres, chegando até em uma depressão puerperal. Estar ciente desta reação normal no pós-parto ajuda a lidar com a situação e fará com que se busque ajuda o mais rápido possível. Caminhadas, boa alimentação, sono adequado e apoio familiar ajudam a reduzir o perrengue do blues.
4. Esclareça com a equipe médica ou de enfermagem qualquer dúvida. Estes profissionais podem ajudar muito a lidar com as mais diversas situações no puerpério, pois já vivenciaram diversas situações. Muitas vezes um grande problema, para aquela mamãe, tem uma solução fácil. A internet tem muita informação, mas algumas só complicam e estressam a gestante. Bons profissionais de saúde estão muito acostumados em como solucionar os problemas comuns deste sacrificante, mas potencialmente prazeroso período.
Sobre o Especialista
Doutor Alfonso Massaguer (CRM 97.335) é ginecologista e obstetra, formado pela faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), atua no Hospital das Clínicas, além de ter mais de 20 anos de experiência em Reprodução Humana. Dr Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e no Canadá.
juliana.dias@agenciamam.com