A população mundial convive com a COVID-19 há mais de dois anos, mas diferente do início da pandemia, as vacinas contra o vírus estão sendo aplicadas em um grande número de pessoas. No Brasil não é diferente. No entanto, com o surgimento de variantes como a Delta e Ômicron é preciso redobrar os cuidados para evitar a disseminação da doença
Quando nos referimos a pessoas que estão em tratamento por causa de alguma doença a vacinação deve ser prioridade, pois se o indivíduo se contaminar com o vírus, existem mais chances de a doença não evoluir para casos mais graves.
Com os pacientes oncológicos não é diferente. Recentemente, um estudo realizado no Reino Unido ratificou a importância de as pessoas em tratamento contra o câncer receberem a dose de reforço da vacina contra a COVID-19.
No estudo, publicado na última edição da revista especializada Nature Cancer, foi verificado que pacientes oncológicos imunizados apresentaram uma diminuição nos níveis de anticorpos neutralizantes que combatem as variantes mais transmissíveis do patógeno Sars-CoV-2. Já em um segundo estudo, realizado pelos mesmos cientistas, foram avaliados 118 pacientes com câncer não vacinados, que foram infectados com o vírus e desenvolveram uma proteção natural contra a enfermidade, mas verificaram que os anticorpos de defesa gerados pela infecção perderam a força contra as variantes.
A oncologista clínica, Rosane do Rocio Johnsson, do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, explica que a vacinação é fundamental, especialmente no momento atual da pandemia com o aumento do número de casos devido às variantes. “Em muitas cidades já está sendo realizada a vacinação com a dose de reforço. A população em geral deve buscar esse reforço, principalmente as pessoas com câncer, assim como idosos e imunossuprimidos.”