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APMP promove diálogo sobre as condições de vida das Mulheres em situação de Rua

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Evento faz parte da celebração do Dia Internacional das Mulheres  

APMP promove diálogo sobre as condições de vida das Mulheres em situação de Rua A Associação Paranaense do Ministério Público (APMP) realiza no dia 7 de março, a mesa redonda “Direitos para todos – mulheres em situação de rua”, às 9h30, na Sede Administrativa da APMP.  O evento faz parte da agenda de comemoração do Dia Internacional das Mulheres e irá abordar a realidade vivida pelas mulheres em situação de rua, com lideranças locais e instituições da Sociedade Civil Organizada.  

O evento promovido pela APMP nasceu de uma demanda do Movimento Nacional da População de Rua do Paraná (MNPR-PR) e ONG Mãos Invisíveis, com o objetivo de promover o diálogo e dar visibilidade aos problemas das mulheres em situação de rua, por meio de sensibilização para uma situação que muitas vezes é invisível para a sociedade, oportunizando, com isso, o engajamento da sociedade e do Estado para a superação de tal realidade. “Está na nossa essência como instituição, incentivar e apoiar a criação e implementação de meios para estabelecer maior aproximação entre nossos associados e a população, notadamente a mais vulnerável, com dificuldade de acesso à Justiça, para auxiliar, pela via do diálogo e engajamento da sociedade civil e de lideranças políticas, a promoção da resolução de conflitos individuais e coletivos”, define o presidente da APMP, André Tiago Pasternak Glitz. 

Os dados oficiais variam, o Cadastro Único do Governo Federal estima que são 2,7 mil pessoas nas ruas de Curitiba, a Secretaria da Saúde calcula em 4,5 mil e o Movimento Mãos Invisíveis estima que esteja entre 6 a 8 mil pessoas.   

Calcula-se que em torno de 13% a 18% da população de rua são mulheres. Essa é justamente uma das necessidades: a inclusão das pessoas em situação de rua no Censo, para que se tenha dados atualizados e oficiais, é um dos pleitos do MNPR-PR. “Seguindo a diretriz da Associação, a Diretoria de Mulheres tem em seu planejamento de ações para 2022 atuar na defesa de que os direitos sejam para todas. Esse é o nosso mote, seja em relação às nossas associadas, seja em relação à comunidade”, afirma a diretora de Mulheres, Mariana Dias Mariano.

Além das inúmeras dificuldades geradas pela situação de rua, essas mulheres precisam lidar com problemas como os de higiene pessoal, períodos menstruais, gravidez e violência física e sexual. A diretora da ONG Mãos Invisíveis, Vanessa Lima, explica que as violências que têm sido marcantes a essas mulheres, entre outras, são a obstétrica e a afronta ao direito de serem mães e permanecerem com seus filhos (o que significa violação ao direito das próprias crianças, de serem mantidas com as famílias naturais). Neste contexto, não é oferecido o pré-natal adequado, acompanhamento e acolhimento da mãe durante a gestação, pela rede de proteção, para que ela tenha condições de permanecer com os filhos após o nascimento. “Os filhos acabam sendo retirados das mães assim que nascem, inclusive sem a informação adequada, sem possibilidade de que exerçam a maternagem, sem oportunidades para que se estabeleçam e tenham acesso às condições (de saúde e materiais) para permanecerem com seus filhos”, afirma.  

O evento será realizado em formato híbrido, com limitação máxima de 50 pessoas no modelo presencial, respeitando as normas sanitárias de prevenção da Covid-19.  

Serviço: “Direitos para todos – mulheres em situação de rua”  

Data – 7 de março  

Horário: 9h30   

Local: APMP – Rua Mateus Leme, 2018 – Centro Cívico

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