O “primogênito” se manteve no portfólio de cursos da Escola Técnica Tupy ininterruptamente por mais de seis décadas. Com uma grade curricular voltada à fundição, o curso foi criado inicialmente para atender as demandas da Tupy e hoje tem egressos que se destacam também em empresas do país e do exterior.
Lecionando no curso técnico em Metalurgia há mais de 30 anos, a professora Maria Inez Reinert conta que a grade curricular inicial era voltada à fundição e, além dos conteúdos práticos, oferecia disciplinas formadoras de caráter. “A fundição era uma área de destaque na cidade e na região”, diz.
O professor Iberê Roberto Duarte deu aulas no curso de Metalurgia da ETT até o ano passado. Ex-aluno do curso, ele lembra que a qualidade do ensino sempre foi prioridade. “O resultado é a entrega de conteúdo atualizado e em sintonia com o mercado, de acordo com as inovações em materiais, insumos, equipamentos para ensaios, procedimentos, máquinas e processos.”
Metalurgia e fundição: qual a diferença?
Membro do Conselho Consultivo da Escola Técnica Tupy, Adolar Piske explica a diferença entre Metalurgia e Fundição. “A Metalurgia é mais ampla e vai além do conhecimento necessário à fundição, que trata da fusão, moldagem, vazamento, solidificação, acabamento metálico etc.”
No técnico em Metalurgia o aluno tem noções de siderurgia, processos de transformação mecânica, tratamentos térmicos, soldagem, serralheria, conformação e reparo de estruturas metálicas, resistência de materiais, técnicas de ensaio mecânico, metalografia e tratamentos superficiais de metais e corrosão.
É desta forma, avalia Piske, que os profissionais formados na ETT conseguem ampliar sua área de atuação e possibilidades de carreira, aumentando as chances de empregabilidade. “Quando o diploma é muito específico, é mais difícil se enquadrar nas dinâmicas do mundo profissional”, avalia.
Mulheres na Metalurgia
O curso de Metalurgia da ETT foi o responsável por formar, no Brasil, as primeiras mulheres nessa área. Marta Molinari e Clarice Büst estão entre as pioneiras. “Todo o meu sucesso profissional se deve a esse curso”, conta Marta. O filho trilhou o mesmo caminho: egresso do curso de Metalurgia, é um dos empresários à frente da Fundipeças.
Formada em 1975 junto com Marta, Clarice Büst foi também professora do curso de Metalurgia da ETT. Durante 46 anos ensinou tudo o que sabia a um sem-fim de alunos. “A Escola Técnica Tupy ofereceu ensino de qualidade a muitos profissionais porque sempre teve laboratórios e equipamentos que garantissem o conhecimento atualizado. Tenho muito orgulho da minha trajetória e de ter feito parte dessa história.”
Sucesso profissional
Para o engenheiro metalurgista de operações Jurandir Correa, o curso técnico em Metalurgia ofereceu capacitação teórica e prática robusta, permitindo a formação superior e o sucesso profissional. “Nada mais justo e oportuno do que destacar os 63 anos do curso técnico em Metalurgia da ETT. Que esta semente continue germinando e contribuindo para o progresso da indústria.”
O sentimento é compartilhado pelo engenheiro metalúrgico Max Hermann, egresso dos cursos técnico em Mecânica e Metalurgia e professor da Escola Técnica Tupy durante 47 anos. “Essa jornada foi de extrema importância para a minha formação e aprimoramento profissional, assim como, tenho certeza, foi especial para muitos profissionais e empresas do país. Não há dúvidas de que quem passa pela ETT vai longe!”
Orgulho em pertencer
Ex-diretor da ETT, Roque Mattei é egresso do curso de Metalurgia da instituição. “A escola abriu horizontes para a minha carreira profissional. Fui aluno, professor e com muito orgulho me tornei diretor. A ETT é um ícone e orgulha a todos que conhecem sua história”, afirma.
O professor Dácio do Nascimento, há 39 anos lecionando na ETT, concorda com Mattei. “A Escola Técnica Tupy é um ícone, aclamado, principalmente, no ramo metalmecânico. A escola já teve períodos marcantes e muitos desafios, mas o reconhecimento das empresas e da sociedade nunca foi abalado.”