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Como definir e o que considerar no ar-condicionado residencial

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Arquiteta Isabella Nalon explica como escolher o melhor modelo de equipamento para que os ambientes da casa se tornem ainda mais agradáveis 

Como definir e o que considerar no ar-condicionado residencial
Promovendo um clima prazeroso, o ar-condicionado é um item muito bem-vindo em diversos cômodos da casa. Nesta sala de estar, a arquiteta Isabella Nalon inseriu o aparelho no nicho marcenaria, deixando de maneira discreta e isolado dos objetos decorativos | Foto: Júlia Herman

Pode não parecer condizente pensar no tema durante esse período de frio, mas o fato é que ar-condicionado tem se tornado um equipamento cada vez mais essencial nas casas dos brasileiros. Em um país que apresenta grande oscilação climática, ele possibilita a administração da temperatura, mantendo os cômodos sempre agradáveis e beneficiando o conforto dos moradores. E não adianta pensar nos seus benefícios apenas na época do calor. A hora é agora! Com diferentes modelos no mercado, é preciso buscar o aparelho que melhor atenderá as necessidades do imóvel, analisando fatores como custo, saída de BTU, controles e eficiência de energia.

“Atualmente, temos inúmeras opções de modelos que vão desde os portáteis, que não precisam de infraestrutura para instalação, como também as opções mais silenciosas, que são os cassetes, instalados no teto, e os splits. Sem contar o formato tradicional de janela, que ainda é um dos mais utilizados”, comenta a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva seu nome. A seguir, ela aborda mais detalhes sobre a especificação do ar-condicionado certo para os projetos:

Como definir e o que considerar no ar-condicionado residencial
Na sala de jantar integrada com o estar, o ar-condicionado garante a climatização dos ambientes. Instalado a 15cm de distância do teto, facilita na hora de limpar ou fazer algum tipo de manutenção. | Foto: Júlia Herman

Tipos de equipamento

Com diversos sistemas disponíveis, cada modelo apresenta suas características positivas. Para a arquiteta, o que vale é averiguar qual melhor responderá as demandas dos ambientes:

1)     Ar-condicionado central

O ar-condicionado central possui sistema inteligente que possibilita a climatização em diferentes ambientes ao mesmo tempo. Com apenas uma condensadora externa, trabalha com vários aparelhos internos que facilitam a circulação do ar pelos cômodos. Por conta disso, é mais econômico, já que não é necessário utilizar um aparelho em cada local da casa. Outra vantagem é a sua eficiência em áreas extensas e com um grande número de pessoas, pois consegue fazer a climatização de forma rápida.

2)     Ar-condicionado Split

Assim como o ar-condicionado central, esse tipo de aparelho fornece resfriamento para vários cômodos, sendo que sua operação consiste na instalação de unidade condensadora, comumente na área externa, combinada com unidades compactas de sopradores ou evaporadoras. Segundo Isabela, este modelo necessita uma infraestrutura por dentro da parede, além de uma área técnica, pois este o ar condicionado split conta com máquinas externas. Embutido no teto, fica quase imperceptível no ambiente e é ideal para quem procura por discrição. Com modelos de uma até quatro saídas, é possível controlar o fluxo de ar.

Como definir e o que considerar no ar-condicionado residencial
Bem-posicionado, o ar-condicionado split desta sala de estar garante um conforto térmico para quem estiver sentado no sofá. Com isso, os momentos de descanso e lazer ficam mais gostosos | Foto: Júlia Herman

3)     Ar-condicionado portátil

A opção portátil é mais usada em projetos sem a possibilidade da instalação de um aparelho de janela. Costuma ser adquirido por moradores que buscam facilidade na movimentação entre os cômodos, entretanto, é conhecido pelo nível mais alto de ruído e sua fragilidade. Ademais, atualmente há diversas tecnologias que visam otimizar energeticamente os aparelhos. Conhecidos como smarts, ou inverter, prometem uma economia de até 82% na conta de luz, quando comparado com os modelos convencionais.

Onde instalar o ar-condicionado?

O aparelho pode figurar em qualquer cômodo da residência, contudo os mais apropriados para garantir o conforto e bem-estar dos moradores são aqueles devotados ao descanso, como dormitórios e sala de estar, por exemplo. Segundo Isabella, para que o ar-condicionado possa propiciar máxima eficiência, é importante que seja fixado em uma parede sem a incidência de sol. Outra recomendação é instalar em áreas livres, sem elementos decorativos, bem como cortinas, persianas e móveis grandes, que podem impedir a circulação do ar e fazer com que o equipamento trabalhe mais para resfriar a área, produzindo maior consumo energético.

O morador deve posicionar o aparelho em um local estratégico, de preferência acima do lugar onde se senta ou dorme. Portanto, no dormitório a melhor posição é acima da cama. Já na sala de estar, na parte superior do sofá. Para otimizar a refrigeração, é preciso que o equipamento esteja centralizado e, se possível, voltado para a maior área do ambiente, sempre respeitando uma distância de 15cm do teto para facilitar a limpeza. “É essencial que o ambiente a ser climatizado seja analisado para que se proceda o dimensionamento da potência ideal do aparelho de ar-condicionado para que, de fato, ele seja eficiente, sem gerar custo extra na conta de energia elétrica”, ressalta a profissional.

Cuidados com a saúde

Uma das grandes vantagens do ar-condicionado é o aumento na comodidade e qualidade de vida que ele agrega aos moradores. Ainda assim, é preciso tomar alguns cuidados para que a refrigeração nos ambientes não se reverta em problemas de saúde. Em residências com idosos, as mudanças bruscas de temperatura podem ocasionar vários riscos à saúde, especialmente para os mais propensos à problemas cardíacos, pulmonares e renais. Portanto, os aparelhos que mantêm a temperatura ambiente estável são um bom investimento para a saúde de nossos familiares e amigos com idade mais avançada.

Também é preciso atenção com os bebês, desligando o aparelho antes do horário do banho e de passear com a criança. No quarto, a parede onde for instalado deve ser livre, sem berço ou trocador, além de evitar a exposição direta da criança com a correnteza de ar.

Como definir e o que considerar no ar-condicionado residencial
Nesta sala de estar, o aparelho fica em uma parede isolada, sugerido como o ideal. Assim, sua limpeza e manutenção se tornam simplificadas, não acarretando o risco de danificar algum móvel por conta da temperatura | Foto: Júlia Herman

Fique atento a limpeza e manutenção

Independentemente do modelo escolhido, é essencial que o filtro de ar do aparelho seja higienizado a cada 15 dias, evitando o acúmulo de poeira e ácaros na circulação no ambiente. No caso de pessoas alérgicas, os ambientes precisam de ventilação e iluminação natural todos os dias, por pelo menos uma hora, pois são desinfetantes naturais. A causa da alergia, na verdade, não é o uso do ar-condicionado em si, mas sim a falta de manutenção e limpeza do aparelho e do espaço onde está inserido. “Outra cautela a ser tomada é, quando não estiver no ambiente, desligar o aparelho. Essa ação contribui para que a temperatura vá se ajustando gradualmente com o gradiente externo, evitando choques térmicos para o corpo”, finaliza Isabella.

Junho/2022

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