Onda de frio: especialista dá cinco dicas para manter a casa bem quentinha

Professor de Física explica como medidas simples podem ajudar a tornar ambientes menos gelados durante inverno

aquecedor
cropped view of girlfriend and boyfriend covered with blankest warming up near heater

Ainda é outono, mas o Brasil já vive dias gelados até em lugares acostumados ao calor. Ao longo da última semana, as temperaturas despencaram em boa parte do país. Algumas cidades da região Sul chegaram a ter neve e o Distrito Federal registrou a temperatura mais baixa da história. De acordo com os meteorologistas, as baixas temperaturas estão sendo causadas pelo deslocamento de uma massa de ar polar que vem da Argentina, combinada com a passagem de um ciclone extratropical.

Para lidar com as baixas temperaturas, muita sopa, chá e ciência. De acordo com o assessor de Física do Sistema Positivo de Ensino, Danilo Capelari, as leis da Física podem contribuir significativamente para deixar os ambientes internos – e as pessoas dentro deles – mais quentinhos. Em dias de frio intenso, algumas medidas simples ajudam nessa tarefa. O especialista explica que a temperatura dentro de casa se estabelece por meio de trocas de calor. “O calor é a energia térmica em trânsito e, seguindo as leis da Física, ele se movimenta sempre do mais quente para o mais frio”, detalha. Capelari destaca cinco dicas para parar de perder calor nos ambientes e ter um inverno mais agradável.

Aproveite a luz do sol

Embora todos os recursos artificiais sejam bem-vindos para espantar o frio, o maior aliado nessa batalha ainda é o sol. Por isso, a primeira dica é aproveitar os períodos de sol para acumular energia solar dentro de casa. “Logo cedo, procure abrir todas as cortinas da casa. Atenção para retirar possíveis obstáculos que a luz solar possa encontrar para entrar nos ambientes. Isso vai ajudar a aquecer a casa ao longo do dia”, aconselha.

Ele esclarece que o ambiente se aquece por meio de alguns fatores. Um deles é a luz solar que entra por portas e janelas. Também aquecem os ambientes o calor das pessoas e animais que estão dentro deles e os equipamentos especialmente desenvolvidos para isso, como os aquecedores.

Não perca calor

Depois de absorver todo o calor possível proveniente da energia solar, é preciso ter cuidado para não perder esse calor para a área externa, que está naturalmente mais fria. “Frestas nas janelas e nas portas permitem que o ar frio entre em casa e, assim, diminua a temperatura interna. Para que isso não aconteça, feche as cortinas e garanta que tudo está bem vedado no fim do dia”, alerta.

Atenção às paredes

Além da preocupação com as trocas de calor via portas e janelas, também é preciso estar atento às paredes. Afinal, a umidade do ar é maior no período noturno, o que pode ser absorvido pelas paredes externas da casa. “Assim, procure não deixar sofás, camas e cadeiras encostados em paredes que isolam a casa do ambiente externo”, adverte Capelari.

Use os aquecedores corretamente

Nos dias mais frios, contar com um aquecedor é uma estratégia quase infalível. Mas é preciso saber usar esses aparelhos da melhor maneira para garantir mais calor. O especialista ensina que até mesmo o local em que eles são colocados tem influência no resultado. “O ideal, para qualquer modelo de aquecedor, é deixá-los o mais próximo possível do chão. Isso porque o ar quente tende a subir, por ser menos denso que o ar frio. Dessa forma, cria-se uma corrente de convecção, que é quando o ar quente sobe e o frio, desce, deixando o ambiente mais quente com mais eficiência.”

Blusa, cachecol, luva, cobertor

Camadas e mais camadas de roupas também ajudam a manter o corpo aquecido no inverno. Mas atenção: Capelari lembra que a verdadeira fonte de calor é o próprio corpo, e não a roupa escolhida. “Blusas e outras peças impedem que o calor saia do corpo para o ambiente ao redor e, por isso, nos mantém quentes. Isso também vale para cobertores”, afirma. Ao escolher roupas de frio, preze por aquelas que tornem a fuga de calor mais difícil. “Nem sempre os tecidos mais pesados são os mais indicados para isso. Atualmente há tecidos tecnológicos que, embora sejam bem leves, evitam que o calor seja perdido para o ambiente e, por isso, são mais ‘quentes’”, destaca.

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