A partir deste mês, o Santander Brasil dará condições diferenciadas de financiamento a empreendimentos imobiliários residenciais que tenham certificação sustentável, contribuindo para maior eficiência da obra com menor uso de recursos naturais. O diferencial competitivo é atender projetos com selos multiatributos, ou seja, aqueles que desde a sua concepção utilizam-se de práticas socioambientais.
A nova proposta inclui financiamento de até 100% dos custos da obra, com liberação a partir de 1% de evolução física do empreendimento. Para um projeto sem o selo, os gatilhos de obra são na média de 10%. Assim, o incorporador terá capacidade de investir em materiais mais adequados ambientalmente. Outra vantagem diz respeito à possibilidade do repasse da carteira de financiamento dos clientes com 70% de obra. Com isso, o incorporador é capaz de quitar mais cedo o financiamento, arcando com menos encargos. Já o mutuário terá condições de acelerar a contratação do crédito, sem ter que aguardar o término da obra.
“Nosso principal objetivo com essa frente de atuação é tornar conhecidas as vantagens de um empreendimento com selo sustentável sob duas óticas: a do incorporador, que terá ganhos de escala e otimização no uso de recursos, e a do cliente final, que vai morar em um condomínio mais eficiente. A ideia é que o consumidor procure por estes selos em residências da mesma forma como acontece hoje ao adquirir um automóvel ou produtos da linha branca, buscando a melhor relação custo-benefício do ponto de vista de eficiência energética”, comenta Robson Bhering, superintendente de Negócios Imobiliários do Santander Brasil.
O projeto imobiliário pode ter a certificação Aqua-HQE, adaptado no Brasil pela da Fundação Vanzolini/USP, ou GBC Condomínio, da Green Building Council Brasil. As obras certificadas reutilizam e reciclam 90% dos resíduos construtivos e potencialmente reduzem em 50% o uso de água e em 40% a energia elétrica das unidades e do condomínio após a conclusão da obra. Portanto, é garantida a eficiência de processos construtivos e da utilização de recursos naturais, bem como a qualidade sanitária do ambiente, da água e do ar, atendendo assim aos objetivos da ONU de desenvolvimento sustentável. Estes condomínios também vão oferecer aos moradores melhor conforto acústico e térmico.
“O conceito multiatributo é importante porque o projeto residencial também envolve toda sua cadeia de suprimentos, precisa estar em conformidade com as leis trabalhistas e analisar impacto socioeconômico na vizinhança, entre outros. Ou seja, conseguimos ter a certeza de que estamos dando suporte a clientes que têm as mesmas práticas ESG”, completa o executivo.