Centro de Tecnologia Klabin completa cinco anos de atuação

O espaço é resultado do investimento de mais de R$ 100 milhões e tem contribuído para o avanço da Companhia no desenvolvimento de soluções mais sustentáveis

Centro de Tecnologia Klabin

Com laboratórios capazes de produzir uma gama diversa de produtos de base florestal e realizar simulações das linhas de produção das fábricas, o Centro de Tecnologia Klabin (CTK), localizado em Telêmaco Borba, no Paraná, completa cinco anos de atuação em 2022. O espaço acumula uma jornada de excelência em inovação, com destaque para o desenvolvimento de soluções voltadas à produtividade e à redução de impactos ambientais. Inaugurado em 2017, o CTK tem a missão de aprimorar a qualidade de produtos, antecipando tendências e criando tecnologias e aplicações sustentáveis.

Com a inauguração do Centro de Tecnologia, a empresa passou a investir cada vez mais em soluções inovadoras e fortaleceu sua cultura em inovação. Na abertura do empreendimento, foi realizada a primeira Semana Inova Klabin, que reuniu clientes, fornecedores e parceiros em uma série de conversas sobre temas como inovação, tecnologia e tendências — o que fomentou a trocas de ideias internas que culminaram em diversas ações de continuidade à sua estratégia de inovação, como a construção em 2019 de um Parque de Plantas Piloto, na Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). O local permite simular uma unidade fabril para realização de estudos e testes industriais em novas frentes de pesquisa, como a lignina e a celulose microfibrilada (MFC).

A construção do espaço integrou um plano de investimento de R$ 70 milhões em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I), aportados entre 2015 e 2017 — que incluiu a compra de equipamentos, formação e contratação de técnicos e pesquisadores, e atualização dos laboratórios de pesquisa florestal — e de R$ 32 milhões em 2019, no seu programa de pesquisa e desenvolvimento para a construção de um Parque de Plantas Piloto.

Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, explica que, nestes cinco anos de operação, o CTK elevou a qualidade do trabalho da Companhia em P&D, posicionando-a entre as mais inovadoras do setor. “A inovação é, sem dúvidas, o caminho para alcançarmos um futuro mais sustentável e produtivo. Nos últimos anos, conseguimos avançar significativamente no desenvolvimento de soluções e estreitamos parcerias com Universidades e Centros de Pesquisa, que nos permitiram otimizar ainda mais os nossos resultados. Trata-se de um trabalho conectado a todas as áreas de negócio da Companhia, que acompanha as demandas atuais de nossos clientes e sociedade”, explica o executivo.

Para isso, o trabalho de P&D do Centro de Tecnologia está estruturado em cinco rotas de pesquisa: desenvolvimento da base florestal; desenvolvimento de celulose; novas tecnologias de base florestal; linhas de papéis; e redução de impactos ambientais. Entre os principais projetos em andamento, destacam-se iniciativas como a melhoria crescente da produtividade das plantações e da qualidade da matéria-prima; o uso múltiplo de componentes da madeira, como a lignina e a celulose microfibrilada; a pesquisa de propriedades que contribuam para a melhor performance dos papéis produzidos pela Companhia; além do desenvolvimento de barreiras e biobarreiras, que associadas ao papel para embalagens, garantem a proteção adequada aos mais diversos produtos e ambientes.

Soluções inovadoras

Em 2020, no início da pandemia da Covid-19, pesquisadores do Centro de Tecnologia da Klabin, em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras e a indústria de cosméticos Apoteka, desenvolveram uma formulação inédita de álcool gel feita a partir de celulose microfibrilada (MFC). O produto, extraído da madeira, ou seja, de fonte renovável, foi utilizado em substituição ao carbômero, quando o insumo passava por um período de escassez devido à alta demanda. Na ocasião, mais de quatro toneladas do produto foram doados para diversas entidades e hospitais das regiões onde a empresa mantém atuação, reforçando a relevância do trabalho de P&D como solução para os desafios da sociedade.

Ainda em busca de soluções que ajudem no combate à disseminação do coronavírus, o CTK se uniu ao Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil — SENAI CETIQT — para o desenvolvimento de um revestimento com propriedade antiviral, com componentes 100% orgânicos e livre de metais em sua composição. O projeto consiste no desenvolvimento de um revestimento aplicado em papel kraft, prioritariamente para embalagens de e-commerce, com propriedades antivirais, e já conta com pesquisas e testes de eficácia realizados pelo Bio-Manguinhos/Fiocruz, uma das organizações mais respeitadas no país para este fim. Os testes apontaram que a nova embalagem conseguiu inativar o coronavírus (SARS-CoV2) com eficácia comprovada superior a 99%, em até um minuto de contato.

O CTK tem contribuído de maneira significativa para o avanço no desenvolvimento de diversas soluções, cada vez mais sustentáveis. Alguns produtos recentemente lançados pela Companhia foram concebidos a partir de pesquisas e testes liderados pela equipe de profissionais do Centro. O Klamulti, lançado neste mês de junho, é um exemplo. Trata-se de um papel-cartão mais leve e resistente direcionado ao mercado de embalagens de bebidas (multipack) que leva celulose microfibrilada (MFC) em sua composição, resultando na melhora significativa de propriedades e desempenho.

Outro destaque é o EkoMix, uma embalagem para cimento feita com papel 100% dispersível, que pode ser integrada ao processo de mistura no momento da preparação do concreto. Um dos principais benefícios da solução é a redução do descarte de resíduos no canteiro de obras, garantindo ainda mais agilidade à produção.

O Eukaliner®, primeiro kraftliner do mundo feito exclusivamente com fibra de eucalipto, que passou a ser produzido em larga escala no último ano, na máquina de papel 27 do Projeto Puma II, também foi desenvolvido no CTK. O produto reúne uma série de diferenciais que o colocam em posição de destaque no mercado, entre eles a redução de gramatura em mais de 10%, garantindo resistência e leveza às embalagens, menos gasto de energia na conversão, melhor superfície de impressão, entre outros.  Marcela Curi Rahal

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