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O e-commerce mudou mesmo o mercado de trabalho?

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A pandemia, que despertou desconfiança e medo por parte das empresas e trabalhadores, também abriu as portas para as vendas online. A matemática é simples: com as pessoas em casa quase que o tempo todo por dois anos, inclusive estudando e trabalhando, o consumo também seria feito usando computadores e smartphones. A produção não parou – apenas mudou o foco de comercialização.

Um levantamento da eMarketer, empresa de pesquisa de mercado, mostrou que em 2020 apenas 17,8% das vendas eram feitas a partir de compras online. Para 2022, a expectativa é de que esse número ultrapasse 21% e movimente U$5,5 trilhões no mundo todo. Mais ainda: a projeção para 2025 é que as vendas online correspondam a 24,5% de qualquer produto vendido.

A análise de Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, é que muita gente adquiriu produtos pelas lojas virtuais, o que pode ser percebido com a explosão de vendas online:

“Estamos vivendo uma certa estabilização do e-commerce. Aconteceu uma corrida para a migração dos negócios para o online durante a pandemia em etapas começando em 2020, o ano da adaptação, passando por 2021 que foi o ano da consolidação das vendas virtuais com foco no atendimento e na logística. Agora, em 2022, o virtual já faz parte do nosso dia a dia, não é mais uma novidade, mas sim outra vertente geradora de empregos, principalmente para atendimento e logística”

Online já engloba grande fatia do mercado
A percepção de Dilmara Blinski, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, é que o atual momento do e-commerce consolida esta modalidade como uma das principais geradoras de empregos no Brasil pós-pandemia:

“Mesmo que os empregos diretos e indiretos gerados pelo e-commerce estejam  estabilizados neste ano, vamos lembrar que eles vieram de dois anos de puro crescimento. As vendas online seguem fortes em todas as regiões do Brasil e, por mais que tenhamos a estabilidade, o mercado cresceu 200% quando comparamos com um ano antes da pandemia”

Do ponto de vista do comércio online, as oportunidades de trabalho envolvem para produção e logística, e vagas virtuais que podem ser realizadas via home office como vendas e atendimento ao cliente:

“Não podemos nos esquecer das vagas de tecnologia para quem cria sites, cuida de programação e segurança virtual. Quanto mais pessoas comprando online, mais as empresas vão precisar melhorar sua estrutura online para evitar fraudes ou lentidão nos sites. O mundo está deixando a pandemia gradualmente, e está trazendo muito aprendizado para o mercado de trabalho” conclui Dilmara.

E as lojas físicas?
Ao mesmo tempo em que o online se estabiliza, as vagas presenciais para lojas estão voltando aos patamares pré-pandemia e as vagas comerciais presenciais aumentaram em todos os nichos de mercado:

“Tudo indica que há uma retomada do mercado em lojas físicas. Vagas para atendimento, suporte e telemarketing nunca foram cíclicos, não dependem de pandemia, mas sim, há mais vagas sendo criadas, principalmente quando olhamos o que aconteceu no primeiro semestre” conclui Karina Pelanda.

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