O colágeno é uma proteína muito importante presente no nosso organismo, já que ele ajuda a formar e renovar as fibras de sustentação da pele, garantindo firmeza e elasticidade.
Os benefícios do colágeno vão além da pele, pois ele também auxilia na saúde dos tendões, articulações e músculos. Ele é produzido naturalmente pelo nosso corpo, e também pode ser encontrado em alguns alimentos.
Mas quando o assunto é colágeno, sempre há dúvidas. Se formos a uma farmácia, por exemplo, será fácil achar várias opções de colágeno nas prateleiras, sejam em cápsulas ou em pó. Afinal, a ingestão de colágeno têm benefícios ou ainda é algo controverso entre os médicos?
Segundo Henrique Demeneck, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professor do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a ingestão de colágeno oral ainda precisa de evidências científicas mais robustas para ser indicada para fins terapêuticos e preventivos em dermatologia.
“A absorção cutânea é limitada e os benefícios são mais evidentes em termos de hidratação cutânea do que para seu uso como um ativo anti-idade de rotina. Atualmente, há vários procedimentos estéticos que são grandes aliados para a melhora e estímulo do colágeno”, ressaltou o especialista.
Por que a pele fica flácida
Por volta dos 30 anos, nossa pele passa a produzir menos colágeno, fazendo com que fique mais fina e flácida. Estima-se que após essa idade, nossa pele perca 1% de colágeno ao ano. Com o passar dos anos, ela vai ficando mais frágil e suscetível ao aparecimento da flacidez.
Quando se fala em prevenção de envelhecimento e de flacidez, o uso de filtro solar de rotina é essencial. O dermatologista lembra que nosso envelhecimento está relacionado a fatores geneticamente determinados (envelhecimento intrínseco) e também a fatores relacionados ao nosso estilo de vida, como exposição solar, tabagismo, poluição e estresse (envelhecimento extrínseco).
“O protetor solar é um dos nossos maiores aliados quando se fala em colágeno e prevenção de envelhecimento”, esclareceu o médico.
Vale lembrar que homens e mulheres envelhecem em ritmos diferentes ditados por aspectos genéticos, hormonais e de estilo de vida. Nas mulheres, a menopausa é um marco importante em termos de envelhecimento cutâneo já que, com a diminuição da produção de hormônio feminino (estrogênio), ocorre redução dos níveis de hidratação da pele e isso reflete na alteração da sua qualidade, luminosidade e textura.
Tecnologia a favor da pele
Diversos tratamentos chamados de bioestimuladores são grandes aliados quando o assunto é a produção endógena de colágeno, conferindo mais firmeza para a pele e melhorando rugas de expressão, além da prevenção da flacidez.
“Dentre os tratamentos que estimulam a produção de colágeno estão os lasers ablativos, o microagulhamento, os bioestimuladores de colágeno injetáveis e o ultrassom microfocado, com destaque para o Liftera, que conta com os aplicadores em Caneta, que permitem individualizar e personalizar a técnica de acordo com as necessidades, os objetivos e as características anatômicas de cada paciente”, acrescentou Henrique.
As indicações dependem da idade, tipo de pele e prioridades definidas pelo paciente e seu dermatologista em cada caso.
“Tomar colágeno” ajuda na prevenção?
Para o Dr. Henrique, de modo geral, não há necessidade de reposição de colágeno com fins preventivos, uma vez que uma dieta completa e balanceada garante o aporte proteico necessário para manutenção da saúde da pele.
“O colágeno é encontrado naturalmente em alimentos ricos em proteína, principalmente naqueles de origem animal. São alimentos ricos em colágeno: carnes vermelhas, frango, peixes, gelatina e ovos. Por isso, apostar numa dieta equilibrada é um diferencial para a boa qualidade da pele”, finalizou o dermatologista.
Sobre Henrique Demeneck (CRM/PR 37.459 | RQE 26.760)
Henrique Demeneck é médico dermatologista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com título de especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Também é professor do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
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