Dados da OMS apontam que 134 milhões de eventos adversos no cuidado de saúde ocorrem anualmente decorrentes de cuidados inseguros em hospitais em países de baixa e média renda, contribuindo para 2,6 milhões de óbitos a cada ano. Estima-se que um em cada 10 pacientes internados em países de alta renda sofre algum dano, e que um em cada quatro atendimentos na atenção primária e ambulatorial resulta em dano ao paciente e desses 80% são evitáveis. Além disso, dados da OMS sinalizam para uma situação alarmante, de 20% a 40% dos gastos em saúde são desperdiçados.
No Mundo
– Medicamentos são responsáveis por 50% de todos os danos evitáveis em cuidados médicos;
– O custo global associado a erros de medicação foi estimado em US$ 42 bilhões ao ano;
– Até 6% das hospitalizações mundiais podem estar relacionadas ao uso de medicamentos, mais da metade delas seriam evitáveis.
No Brasil
– 30% das doses administradas no país podem conter alguma falha;
– A maior parte dos erros está relacionada ao horário de administração dos fármacos;
– Entre os medicamentos mais comumente relacionados aos casos estão aqueles para tratar doenças do sistema cardiovascular e nervoso;
– Entre janeiro e outubro de 2019, a Anvisa recebeu 2.771 notificações relacionadas a erros de medicação, o que representou aumento de 64,5% quando comparado com 2018.
Segundo o auditor, consultor e professor do tema gestão da qualidade para pessoas e empresas Célio Luiz Banaszeski, os riscos na assistência em saúde são, por sua vez, incidentes que ocorrem durante o atendimento ao cliente. “Podemos citar como riscos, por exemplo, quedas, administração incorreta de medicamentos, erro na realização de um procedimento cirúrgico, troca do nome do cliente na realização de um exame laboratorial ou de imagem, entre outros”, destaca.
“A gestão da qualidade como estratégia no mercado do healthcare é indispensável para a sustentabilidade das instituições. E deve assumir papel protagonista para a sustentabilidade das empresas na área de saúde. O foco em qualidade das entregas e melhoria contínua dos processos centrada nas necessidades do cliente passa a ser objetivo estratégico das lideranças e todas as partes envolvidas, sedimentando as bases de uma cultura de desenvolvimento e cooperação na construção de um modelo de valor, salvando vidas e gerando economia financeira. Promover a segurança do paciente deve ser uma prioridade nacional de saúde,” afirma Célio Luiz Banaszeski.
Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS) e Boletim de Farmacovigilância da Anvisa
Sobre o Dia Mundial da Segurança do Paciente: foi estabelecido pelos estados-membros na 72ª Assembleia Mundial de Saúde em maio de 2019. O Dia Mundial da Segurança do Paciente ocorre no dia 17 de setembro, com o objetivo de conscientizar sobre a Segurança do Paciente e estimular as pessoas envolvidas a mostrar seu engajamento para tornar o cuidado de saúde mais seguro para os pacientes.
Sobre Célio Luiz Banaszeski: atua há mais de 25 anos como auditor, consultor e professor do tema gestão da qualidade para pessoas e empresas, além de ser Diretor Executivo da Exacta Consultoria Empresarial. Possui formação em Black Belt e Lean Healthcare. Também é autor de livros sobre o tema da qualidade/auditoria e exerceu diversos cargos de gestão e direção no meio público e particular. Possui o curso de Formação de Oficiais pela PMPR e graduação em Farmácia e Bioquímica, além das especializações em Política, Estratégia e Planejamento pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra do Paraná; em Administração com Ênfase em Segurança Pública; Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais; em Planejamento e Controle da Segurança Pública; Polícia Judiciária Militar; em Técnica de Ensino, Administração Hospitalar, Gestão da Qualidade e Microbiologia Clínica. Atua no meio acadêmico como professor da Academia Policial Militar do Guatupê, na Faculdade Administração e Economia (FAE) e na Universidade Uninter em diversas disciplinas ligadas à gestão da qualidade e auditoria.