A necessidade de uma força de trabalho com novas habilidades impactam os processos de contratações. Os graus acadêmicos seguem importantes, mas já estão em segundo plano na medida em que profissionais de RH começaram a contratar profissionais com base em habilidades, competências e até certificações.
Para a gerente de recrutamento e seleção, Karina Pelanda, essa nova ideologia de recrutamento de talentos é o elemento chave para as empresas em todo o mundo justamente pela capacidade de permitir que as corporações criem sua força de trabalho com diversidade, ajudando os profissionais a se destacarem em um mercado de trabalho tão competitivo:
“Sem dúvida é uma mudança visível no mundo do trabalho, impulsionada em grande parte pela incorporação das novas gerações às atividades produtivas. Os profissionais passaram a priorizar empresas com culturas alinhadas aos seus valores que incluem, por exemplo, que um negócio precisa ser mais inclusivo do que antes”
Habilidades mais procuradas pelas empresas
Conhecedores do comportamento da nova geração e sua capacidade de criar habilidades, os recrutadores já seguem uma tendência para selecionar quais tipos de competência precisam priorizar – observando as necessidades de cada vaga ou grupo empresarial.
“Há as competências básicas e comportamentais conectadas com habilidades necessárias para um trabalho focando no aprendizado adquirido desde a infância até a idade adulta. Tudo está relacionado ao comportamento e, em como esses profissionais se relacionam com outras pessoas”.
As habilidades técnicas também compõem a análise, principalmente aquelas relacionadas ao uso efetivo de sistemas, ferramentas ou mecanismos que sejam exclusivamente necessários para um determinado cargo:
“Os recrutadores analisam habilidades técnicas adquiridas ao longo da vida profissional e por formação especializada na área. Neste ponto, a carreira acadêmica ainda segue com um peso maior no currículo, mas a prática já começa a ganhar mais espaço nas decisões sobre contratações”.
Com relação às habilidades de liderança, Karina aponta que as qualidades que compõem a capacidade e a vontade de liderar grupos também são mensuradas e, dependendo da vaga, tem um peso extra:
“Esta competência está conectada com o nível de conhecimento de relacionamento e gestão eficiente de times de trabalho. Precisamos lembrar que muitas empresas segmentam seus colaboradores em equipes, portanto um profissional que consiga lidar com questões relacionadas aos cargos de gestão sempre terá uma vantagem dentro do plano estratégico da corporação” completa Karina.