Se antes o consórcio era utilizado para a aquisição de carros populares, hoje o segmento é também uma alternativa para a compra de modelos das marcas BMW, Porshe, Land Rover, entre outros. No Santander, os contratos de consórcios de veículos de luxo, acima de R$ 200 mil, triplicaram em 2021 (292%) se comparado com o mesmo período do ano anterior. E a tendência se mantém, já que no primeiro semestre deste ano, o Banco dobrou novamente o volume de negócios, chegando a 201%.
“A grande demanda não tem a ver exclusivamente com a alta nas taxas de juros. É acíclico. Identificamos claramente uma mudança no comportamento do cliente, que cada dia mais tem planejado seus gastos e feito escolhas conscientes”, explica Claudia Sampaio, superintendente executiva da área de Consórcios do Santander.
Segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (ABAC), o mercado de consórcio ultrapassou 2,57 milhões de novas cotas vendidas, atingindo a marca de 8,97 milhões de participantes ativos. Os negócios realizados superaram os R$ 165 bilhões no acumulado do ano até agosto, crescimento superior a 13% ante igual período de 2021.
O consórcio oferece inúmeras vantagens: taxas mais baixas, que giram em torno de 0,2% ao mês e prazos que variam entre 36 e 100 meses para pagar. Além disso, não é necessário dar entrada, a operação não tem riscos e o cliente pode dar lances para ter acesso ao bem antes do prazo contratado.
“Para os clientes de maior poder aquisitivo, o consórcio pode dar flexibilidade às finanças. No cenário da renda fixa, por exemplo, pode ser mais interessante deixar o dinheiro rendendo do que descapitalizar um investimento para adquirir um veículo”, pondera Claudia. “Essa modalidade também é atrativa para quem troca de carro a cada 2 ou 3 anos. Usada de forma planejada, o consumidor pode fazer um lance e ter o bem na época programada”.
O Santander tem gerido o portfólio dos grupos e garantido um índice de contemplação 37% maior se comparado ao de outros grandes bancos nos últimos 2 anos. Isso quer dizer o que o cliente tem mais chance de ser contemplado por sorteio e mais rápido. Em média, cinco mil pessoas são contempladas por mês e os contratos de carros de luxo adquiridos por esse tipo de consórcio variam de R$ 200 mil a R$ 1 milhão.
Novos grupos indexados ao IPCA
Um ponto bastante discutido recentemente são os índices de Reajuste do Consórcio, que geralmente são referenciados pela tabela das montadoras, no caso de veículos, e pelo INCC para Imóveis. Pensando nisso, o Santander lançou novos grupos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação brasileiro e com limitação de 7%, o que traz muito mais previsibilidade para o cliente e garante reajuste bem menores.
Os grupos indexados ao IPCA são reajustados a cada 12 meses. Podem aderir à modalidade os clientes que optarem por cartas de autos e pesados de R$ 22 mil a R$ 300 mil. No caso de motos, os valores variam de R$ 11 mil a R$ 18 mil e, para imóveis, de R$ 60 mil a R$ 729 mil.