O auge do podcast como meio de comunicação empresarial

Antigamente, a rádio era um dos meios de comunicação mais eficientes do planeta. Foi o primeiro meio de comunicação de massa que realmente alcançava todas as regiões, veio antes da televisão e da internet e foi responsável por fazer conhecer artistas musicais e teatrais com as radionovelas, transmitir jogos de futebol de terras longínquas e divulgar, quase que em tempo real, as notícias na medida em que iam acontecendo.

Percebendo este poder, as empresas começaram a valorizar o veículo apostando em publicidade tanto nos programas com os chamados testemunhais realizados pelo apresentador quanto nos intervalos com anúncios.

Qual seria o impacto para uma empresa se ela tivesse um programa só para ela? Basta ouvir alguns programas que fazem sucesso nos streamings. De acordo com o ranking Podcasts Stats Soundbite, o Brasil é o segundo país em número de consumidores de podcasts, perdendo o primeiro lugar para os Estados Unidos. 

Esse consumo aumentou muito na época da pandemia, quando as medidas restritivas deram mais relevância para o podcast, abrindo caminho para diversas empresas adotarem o formato:

Conversa Azul, da Azul Linhas Aéreas
Estação Saúde, da  Sanofi Pasteur
Nos Encontramos Na Música, da Natura Musical
Heineken Green Cast, da Heineken e
Caixa de Ideias, da Tetra Pak

Este é o grande trunfo do podcast, um meio de comunicação que segue em expansão e que, nas palavras de Ediney Giordani, CdO da KAKOI Comunicação, os negócios deveriam levar em consideração:

“Se as empresas buscam ampliar seus seguidores e consumidores, ter um programa próprio de áudio é um fator que impacta qualquer marca corporativa e permite atingir novos públicos:

O que é um podcast?
Podcast é qualquer arquivo de áudio que possa ser ouvido quando a pessoa quiser, tanto em streaming quanto baixando no seu player para ouvir sob demanda, nos formatos mais variados.  Esses programas são consumidos como as rádios de antigamente, porém com mais versatilidade e respeitando o tempo de cada pessoa. Uma grande diferença entre podcast e programas de rádio tradicionais é que a pessoa não precisa ficar esperando a hora do programa.

“Os temas são livres. Uma empresa de tecnologia pode criar seu programa de entrevistas com especialistas ou uma grande rede de lojas varejistas pode apostar em programas com influencers. O campo é vasto, podendo ser um programa que intercala músicas ou mesmo trazendo palestras e treinamentos”.

Por que o podcast está tão em alta?
Inicialmente, os podcasts foram pensados ​​para serem inseridos em blogs, mas com o aumento das plataformas destinadas a hospedá-los,  como iTunes, SoundCloud, Deezer, Spotify ou Mixcloud que facilitam muito o acesso a esse conteúdo, com os avanços da tecnologia móvel, sua os usos se multiplicaram.

O podcast é uma tecnologia de baixo custo, produção rápida, confortável e eficaz ; uma boa maneira de ganhar leads , razão pela qual muitos meios de comunicação aproveitam para informar seus seguidores sobre ofertas e serviços por meio deles.

Consumo de conteúdo mais livre
O podcast pode ser ouvido enquanto outras tarefas estão sendo realizadas. Ediney entende que artigos ainda são importantes para mobilizar pessoas para conhecer produtos ou negócios e não devem ser abandonados, porém as chances de consumir o conteúdo na íntegra são menores, uma vez que as pessoas precisam parar o que estão fazendo para consumir o que está no texto.

O diferencial de um bom podcast é que a pessoa ouve do início ao fim, pode ser serializado e envolve mais de um ouvinte ao mesmo tempo: “Os ouvintes criam relacionamentos mais duradouros com quem produz conteúdo pela facilidade de consumir o material, seja dirigindo, fazendo academia ou simplesmente cozinhando”.

Como produzir um podcast
A melhor maneira é contratar uma empresa especializada em criar este conteúdo desde o começo – captação das conversas, equalização do som, criação dos canais de streaming, edição final, vinhetas,  identidade visual, trilhas sonoras e a divulgação pelas redes sociais.

Um podcast pode nascer de uma live semanal, por exemplo, que terá seu legado com imagens dos convidados conversando nas redes sociais ou YouTube e que, em seguida, terá a sua versão devidamente reparada apenas para áudio:

“Os vídeos podem gerar os famosos cortes, vídeos curtos extraídos que alimentam as redes sociais da empresa, porém muitos negócios optam pelo formato mais tradicional de áudio. Vai depender da estratégia e do perfil de cada empresa” completa Ediney. 

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