Um relatório do Centro Para o Futuro do Trabalho da Cognizant é específico na aposta sobre as 21 profissões mais promissoras da próxima década, entre elas detetive de dados, curador de memórias pessoais, alfaiate digital, guia de loja virtual e técnico de saúde assistida por inteligência artificial. Outras listas falam em condutor de drones, minerador especial e fazendeiro de carbono.
Sejam quais forem as profissões do futuro, uma coisa é certa: o Centro Universitário Integrado já está de olho neste novo cenário e acaba de reformular sua matriz curricular para os cursos de graduação. Os currículos atualizados serão oferecidos a partir do primeiro semestre de 2023. A mudança na matriz curricular foi pensada justamente para a formação integral dos acadêmicos, contemplando não apenas as habilidades técnicas, mas também as competências socioemocionais exigidas pelo mercado de trabalho.
Com uma estrutura totalmente diferenciada e inovadora, o novo currículo propõe uma trilha de aprendizagem na qual o estudante é convidado a pensar sua carreira permanentemente sob diversas vertentes. À jornada acadêmica serão incorporados aspectos da inovação, tecnologia, empreendedorismo, habilidades socioemocionais, ética e responsabilidade social. O foco é a formação sistêmica dos universitários.
Soft skills
A diretora de gestão acadêmica do Centro Universitário Integrado, Luciana Pontes, diz que a educação precisa quebrar paradigmas e buscar formas de inovar constantemente, pois tem o compromisso de formar excelentes profissionais para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente.
“As competências socioemocionais, por exemplo, são imprescindíveis, pois estão relacionadas a uma melhor qualidade de vida. Dentre as habilidades mais requisitadas no mercado de trabalho temos as soft skills, consideradas ‘indispensable’. São elas que vão contribuir para o sucesso pessoal e profissional do indivíduo”, comenta.
Baseado nessa premissa, o processo de inovação do currículo foi além de alterações na carga horária, ordem e quantidade de disciplinas. A mudança abrange novas metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação.
A partir de 2023, ao longo de toda a graduação, os estudantes do Integrado poderão desenvolver competências de liderança, comunicação, trabalho em equipe, criatividade, tecnologia, inovação, responsabilidade social e empreendedorismo.
O coordenador pedagógico Rafael Zampar explica que a preparação de um profissional não se resume às habilidades técnicas. “Esses são pré-requisitos para qualquer formação. Com a mudança no nosso modelo de ensino, o Ser Integrado, trabalharemos as habilidades socioemocionais desde o início da graduação, no que chamamos de Projeto de Vida do Estudante”, explica.
Tendências
Algumas tendências do mercado corporativo foram acentuadas em função da pandemia. Um exemplo é o trabalho remoto e a consolidação do home office. Outro é o aumento da procura por cursos na área da saúde.
O perfil dos profissionais também mudou. Se a estabilidade e a aquisição de bens eram prioridade para a Geração X, os Millennials valorizam a experiência e, para a Geração Z, nascida na era digital, o foco está na inovação e no uso de tecnologias.
Luciana Pontes explica que, durante toda a trajetória no Centro Universitário Integrado, os estudantes terão a oportunidade de viver experiências desafiadoras no viés da inovação, da transformação digital, da gestão de pessoas e processos, das relações interpessoais, entre outras. “Eles serão instigados a pensar em um projeto de vida e a se autodesenvolverem, contando com mentorias e tutorias”, ressalta.
Empregabilidade
Se o trabalho operacional ficará, no futuro, por conta de máquinas e robôs, caberá aos novos profissionais o aprimoramento das habilidades interpessoais como diferencial. Especialistas em RH lembram que o equilíbrio entre as hard skills e as soft skills serão determinantes para a empregabilidade.
Mesmo em áreas que demandam profissionais com grande conhecimento técnico, as habilidades socioemocionais estarão em alta. A estimativa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), por exemplo, é de que até 2024 sejam abertas 420 mil novas vagas no setor, mas cerca de 150 mil não devem ser preenchidas por falta de profissionais qualificados.
Segundo Rafael Zampar, em um mundo em constante mudança, em que profissões estão se transformando, principalmente por conta da tecnologia, é fundamental que os jovens estudantes desenvolvam a habilidade de aprender a aprender. “Só assim eles conseguirão se adaptar às novas realidades do mercado”.