O alerta é do fisioterapeuta Cristoph Enns, professor do curso de Fisioterapia do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações de ensino superior do país. “Movimentar o corpo uma vez por semana é melhor do que nada, mas requer cuidados com a intensidade. Há uma enorme diferença entre sair para uma leve corrida ou caminhada no parque e jogar futebol como se você estivesse em plena capacidade física.”
Na avaliação do especialista em psicomotricidade, eventos como a Copa Mundo, a Corrida de São Silvestre e as Olimpíadas têm um papel importante no incentivo à prática esportiva. “Quando fazemos aquilo que gostamos, conseguimos aliar prazer com qualidade de vida. Esse pode ser o primeiro passo para viver com mais saúde”, diz.
O ponto de atenção está nos excessos. Sem preparação adequada e pouca constância nos treinos, os atletas de fim de semana se expõem a riscos. “Nesses casos, uma atividade física intensa praticada apenas uma vez por semana, como um jogo de futebol, se torna prejudicial já que a musculatura não está preparada para um esforço extremo”, explica.
Outro detalhe, destaca o fisioterapeuta, é que dificilmente o atleta de fim de semana se dispõe a fazer aquecimento e alongamento muscular para evitar lesões. Os prejuízos ao organismo podem ser severos. “É a prática regular de atividades físicas que mantém o corpo em funcionamento, com força, resistência e condicionamento, preparado para realizar esforços. Uma vida sedentária não nos permite isso.”