A designer de interiores Giseli Koraicho compartilha dicas importante para incluir as cortinas nos ambientes, deixando o local mais bonito, agradável e prático
Há quem diga que janelas sem cortinas ficam ‘nuas’, com a nítida sensação de que falta alguma coisa. Muito além do efeito vestir e decorar os ambientes, elas são extremamente necessárias na composição residencial. Privacidade – ainda mais em condomínios e cidades com tantos prédios –, controle da luminosidade e da temperatura são outros atributos que as cortinas adicionam. “Ao escolher o modelo certo, proporcionamos aconchego e um clima agradável aos moradores. Outro ponto positivo é a proteção que resulta na durabilidade dos móveis, uma vez que não ficam expostos à alta incidência do sol”, enfatiza a designer de interiores Giseli Koraicho, à frente do escritório Infinity Spaces Arquitetura e Interiores.
Como escolher a cortina correta?
Antes de eleger a cortina, o morador precisa avaliar alguns pontos importantes para não errar na escolha. O primeiro, certamente, são as medidas de altura e a largura da porta ou janela, que permitem escolher um modelo pronto ou realizar a produção sob medida. No que diz respeito à altura, a designer de interiores afirma que as peças instaladas do teto ao chão são mais refinadas – entretanto, as cortinas menores, que cobrem apenas a janela, não devem ser totalmente desconsideradas. “Tudo depende da proposta do décor e as necessidades”, relativiza Giseli.
Melhores tecidos
Com um amplo portfólio, o material da cortina deve ser eleito tanto por sua beleza, como também para atender as expectativas com relação ao cômodo. O voal, por exemplo, é reconhecido por sua leveza é ideal para projetos onde a proposta é evidenciar a luz natural – como salas de jantar, estar e, até mesmo, cozinhas. Todavia, quando a luz abundante não é tão bem-vinda, tecidos blackout colaboram para a retenção da iluminação, como também para reter o calor. “Se a posição do living resultar em sol na maior parte do dia, a funcionalidade da composição com resina acrílica na sua fabricação faz a diferença para o bem-estar da casa e dos moradores”, explica Giseli.
Se o intuito é criar um ambiente com decoração mais refinada, na concepção da profissional, as opções em linho são excelentes para agregar um resultado elegante. Para aqueles que buscam um material longevo, com um custo x benefício e fácil manutenção, tecidos com poliéster são bastante requisitados.
Persianas ou cortinas?
As duas peças garantem conforto, privacidade e podem ser instaladas em vários ambientes, além de controlar a temperatura e a entrada de luz dentro de casa ou apartamento. A diferença entre uma e outra está nos materiais em que são produzidas.
Fabricadas a partir de tecidos, muitas vezes de forma artesanal, as cortinas possuem um caimento completo e podem ser combinadas com sobreposições ou itens decorativos. Por outro lado, as persianas utilizam alumínio, madeira ou plástico e entre suas vantagens está na baixa retenção de sujeira e materiais indicados para pessoas com problemas respiratórios. “Mas sem sombra de dúvidas, só a cortina nos dá aquele toque final de sofisticação. Gosto de trabalhar com as persianas dentro de uma proposta mais moderna e arrojada de décor”, avalia Giseli.
Cortinas no décor
Além da função de cobrir esquadrias, as cortinas são igualmente eficazes como divisória de ambientes, dando um certo charme ao lado da cama, na composição de um dossel ou mesmo com cabeceira. Com um viés mais clássico de décor, peças mais robustas e incorporadas conversam muito mais com o estilo. No contraponto, ambientes mais modernos podem receber cortinas rústicas como boas pedidas. “Sem sombra de dúvidas, o caminho é avaliar a harmonia”, enfatiza a profissional da Infinity Spaces. A cor é outro ponto importante, uma vez que deve acompanhar a paleta predominante no ambiente. “Tons mais neutros são excelentes por funcionarem bem e não tornarem o visual cansativo com o passar do tempo”, aconselha.
Limpeza
Independente do tecido e tamanho, as cortinas estão diariamente expostas a diversos tipos de incidência como poeira, fumaça de cigarro, gordura, odores e umidade excessiva – um prato cheio para a proliferação de ácaros e fungos que podem causar doenças. Com isso, a higienização é indispensável, aumentando a vida útil da peça. “É fundamental efetuar a lavagem a cada três meses, caso a cortina esteja instalada em local que conte com muita poluição. Caso contrário, duas vezes ao ano é o suficiente”, finaliza Giseli.