Início Vida e Saúde Cirurgia plástica requer cuidado na hora da escolha do profissional

Cirurgia plástica requer cuidado na hora da escolha do profissional

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Fim de ano, férias chegando para muita gente, um novo ano se aproximando e o sonho da cirurgia plástica batendo à porta mais uma vez. A cirurgia plástica ainda é o desejo de muita gente: ter um corpo mais bonito, um nariz mais harmônico com o rosto ou mamas que elevem a autoestima reforçam o desejo pela busca de procedimentos estéticos.

Mas quando o sonho começa a ser tirado do papel e tende a se tornar uma realidade, é preciso atenção na busca por um cirurgião plástico. Afinal, a cirurgia plástica é um tratamento médico que oferece limitações e riscos.

Para Lincoln Graça Neto, cirurgião plástico, membro e secretário da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Paraná (SBCP-PR), é fundamental que o médico seja certificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).

“Se o médico não constar na lista de médicos credenciados pela Sociedade, desconsidere-o. Realizar uma cirurgia com alguém que não é qualificado tecnicamente põe em risco a vida do paciente, e se uma emergência acontecer, o profissional não saberá seguir todos os protocolos de segurança”, destacou o especialista.

Outro ponto importante é saber em qual local será realizada a cirurgia: o hospital precisa estar plenamente equipado com liberação do CRM e da Vigilância Sanitária.

Por que o cirurgião deve ser certificado pela SBCP?

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é o órgão regulamentado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para promover a formação de novos residentes e especialistas, além de fomentar a ciência associada à ética.

Depois da graduação em medicina (6 anos), são necessários 2 anos de residência em cirurgia geral, depois mais 3 anos de residência em cirurgia plástica, realizando provas teóricas e práticas anuais para, no final, obter o título de especialista.

“Procurar um médico certificado vai evitar que você deposite seu sonho da cirurgia plástica em um falso médico ou em um profissional que não tenha licença para exercer a profissão”, alertou Lincoln.

Busque referência de outros pacientes

Dados de 2020 da “Demografia Cirurgia Plástica“, da SBCP, mostram que no Brasil são mais de 6 mil cirurgiões plásticos; só no Paraná, são quase 400 profissionais. Afinal, como fazer uma escolha segura do médico?

Segundo o Dr. Lincoln, é fundamental pedir opiniões de outros pacientes atendidos pelo cirurgião. 

“Além de muitos especialistas no mercado, o Google e as redes sociais continuam sendo as principais referências para encontrar um profissional. No entanto, é importante, se possível, conversar com outros pacientes desse médico. Peça opiniões de pessoas que já foram atendidas pelo cirurgião que você irá escolher. Eles acabam sendo ótimas referências, pois mostram o trabalho do médico e se ele é um bom profissional ou não”, completou. 

Confiança no médico é essencial

A confiança e a afinidade com o cirurgião plástico são imprescindíveis, pois é ele que irá acompanhar todo o processo de transformação do paciente.

“Para quem está decidindo por um cirurgião, a orientação é conversar bastante com o médico, tirar as dúvidas e colocar as preocupações e os resultados que deseja alcançar. As cirurgias dependem de um bom planejamento pré-operatório, assim como o seguimento pós-operatório adequado. Por exemplo: o tempo de edema em cirurgia de nariz pode levar até 6 meses; em cirurgias de mama, em torno de 8 meses”, lembrou o especialista.

Vale ressaltar, ainda, que o paciente deve estar ciente da necessidade de consultas regulares para que seu médico possa estar ao seu lado, avaliando a evolução cirúrgica. O objetivo é satisfazer o paciente dentro da possibilidade que cada cirurgia oferece, seus limites e os limites do próprio paciente.

“A condução no período pós-operatório é feita de acordo com os princípios éticos básicos de respeito ao ser humano, da minimização de resultados insatisfatórios ou não desejados, dentro de uma conduta adequada e cientificamente aceita”, finalizou Dr. Lincoln.

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