Manifestações nas estradas e tragédias causadas pelas chuvas em rodovias acendem alertas nas empresas a respeito de imprevistos no transporte de encomendas e insumos. As interrupções das vias terrestres afetam praticamente todos os setores comerciais, desde postos de combustíveis que ficam prejudicados no abastecimento até supermercados que sentem o impacto nos preços, principalmente para frutas e verduras.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que temos no Brasil 1.720.700 quilômetros de malha rodoviária, com apenas 213.453 de estradas seguras e pavimentadas. Portanto, se algumas destas estradas sofrerem paralisação, quem vai sentir é a indústria:
Para evitar prejuízos com este rompimento na cadeia logística, o Gerente Comercial da CWBem Renato Pádua aponta a gestão logística como solução. Renato explica que é essencial que empresas estejam preparadas para imprevistos no transporte de encomendas por meio de planos de contingência para diversos fatores como enchentes, deslizamentos de terra, cargas roubadas, acidentes de estrada, greves e paralisações:
“A terceirização logística deve englobar ações estratégicas através de planos de contingências que deve descrever como será o plano B com a utilização de rodovias alternativas e, dependendo do volume a ser transportado, até mesmo a mudança de modal para ferrovia ou transporte aéreo”.
O especialista aponta que um plano de gestão logístico precisa considerar todas as condições e os prazos e ter capacidade de retornar às operações após uma grande interrupção. O gerenciamento de risco permite a retomada ao nível normal de performance ou com o mínimo de impacto.
“Um caminhão parado é um veículo a menos que poderia estar levando outras cargas para localidades diferentes e o plano de contingência pode contemplar, inclusive, o aluguel emergencial de outros veículos para não atrasar outras entregas. Simulações são bem-vindas para aprimorar o que fazer para reduzir impactos. Em 2023 podemos ter mais surpresas de todos os lados, sendo necessário contar com este planejamento” completa Renato.