Na indústria de rações, o óleo vegetal também é usado na fabricação do alimento dos pets pelo seu alto valor nutritivo. O aperfeiçoamento dos métodos industriais de extração de óleos reduz o teor de extrato nos resíduos, normalmente utilizados na composição das misturas balanceadas. O problema acontece quando o óleo pirata passa circular na indústria:
Antigamente, a indústria de ração criava seus produtos utilizando mais de 4% de gordura, mas atualmente o recomendado é atingir até 3,5%. Aumento no número de componentes de rações vêm sofrendo uma extração prévia de gordura e o grande perigo é que este óleo pirata acabe sendo utilizado como base.
Vitor explica que o óleo pirata surge de uma ação criminosa transvestida de comércio quando veículos sem condições de transportar óleo circulam pelas ruas. A prática, além de criminosa, é extremamente perigosa:
“Ao passar pelo processo de fritura, o óleo vegetal muda sua composição e esses componentes passam a ser prejudiciais tanto para a saúde humana, quanto a dos pets. Não são nem empresas autorizadas para este tipo de comercialização e não se importam com a saúde pública, com o agravante de que, nas condições em que esses veículos transportam o óleo, existe o risco de vazamento e contaminação do meio ambiente” explica o diretor da Ambiental Santos, Vitor Dalcin.
O que pode ser feito
Os tutores devem sempre adquirir produtos com origem conhecida, vendidos com certificados e, de preferência, de grandes marcas do setor. Com relação ao óleo usado, a orientação de Vitor é nunca repassar este resíduo para o chamado carro do óleo:
“Quem está em casa não precisa repassar seu óleo usado para qualquer carro que passa pela rua, chamando por alto-falante que está comprando óleo usado. A prática alimenta uma indústria que compromete a saúde de todos, inclusive dos pets. O ideal é entrar em contato com empresas sérias que fazem este trabalho com todos os certificados e garantem a destinação correta ou levar a um ponto de coleta certificado” completa Dalcin.
