Em 2023, a expectativa do Porto Ponta do Félix – localizado em Antonina, litoral do Paraná – é movimentar 2,5 milhões de toneladas de cargas, 65% a mais em comparação ao ano passado. O incremento vem acompanhado da diversificação nas operações e investimentos em infraestrutura.
Neste início de ano, o Porto completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.
Elas são normalmente fabricadas com borracha de alta qualidade — conforme finalidade — e são instaladas com correntes de segurança e fixadas na parede do cais por âncoras de aço galvanizado ou inoxidável.
“As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, pois trazem mais segurança às operações”, destaca Birkhan. Ele explica que o modelo de defensas, instalado no Porto Ponta do Félix, é de alta qualidade, fazendo com que o atrito gerado entre a embarcação e a placa seja reduzido”, explica o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.
Ampliação
Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.
“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos no cronograma das operações, por exemplo, a cabotagem de trigo e importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan.
A ampliação vai oferecer também mais espaço para o mercado de fertilizantes. Em 2022, segundo dados da Portos do Paraná, foram importadas quase 10 milhões de toneladas do insumo pelos portos de Paranaguá e Antonina. O volume representa 27,5% de tudo o que o país recebe em adubos. “Os portos paranaenses são as principais portas de entrada dos fertilizantes no Brasil. Aumentando o espaço para armazenar o produto atendemos uma demanda dos nossos clientes”, finaliza Birkhan.
Cargas convencionais, como fertilizantes e açúcar ensacado continuam compondo grande parte da movimentação. Para 2022, a projeção é de 30% de aumento, especialmente com a expansão da infraestrutura do local.
Para o diretor-presidente do Porto, Gilberto Birkhan, o crescimento do volume e da variedade de cargas dá ao terminal um novo patamar no estado.
“Antonina está trabalhando com novos tipos de carga, o que é algo inédito. Trabalhamos com sal, malte, trigo, pellet de cana de açúcar, pellet de madeira e alimento exportado para a Venezuela, todas cargas que não havia precedente de operação no Porto Ponta do Félix. Isso nos consolida como porto complementar e aliado do Porto de Paranaguá”, diz ele.
História
O Porto Ponta do Félix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina — fundada em 1995.
A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina — APPA.
Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço.
Em 2009, a FTSpar assumiu a gestão do Porto Ponta do Félix e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e granel.
Em 2019, o Porto de Antonina registrou o quinto maior crescimento entre 19 portos brasileiros.