quarta-feira, 18 dezembro 2024
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Reputação da marca e a confiabilidade fazem parte do papel do Conselho Administrativo?

Com o recente caso da crise das Americanas, com as inconsistências contábeis com um rombo de 20 bilhões, veio à tona a discussão do papel do Conselho Administrativo. No caso das Americanas em específico o Conselho é formado por sete integrantes, sendo quatro acionistas e três empresários independentes.

É notório que o Conselho Administrativo de qualquer empresa tem, entre muitas das suas atribuições, supervisionar as ações da diretoria administrativa, como também aprovar as demonstrações financeiras, relatórios de auditoria e cabe também, decidir se uma prática contábil, que não é usual, envolve risco de transparência.

Para Elismar Alvares, professora e criadora de duas importantes soluções educacionais da Fundação Dom Cabral, o PDA (Parceria para o Desenvolvimento do Acionista) e o PDC (Programa de Desenvolvimento dos Conselhos), a função do Conselho Administrativo mudou significativamente nos últimos anos. “Os padrões de exigência de currículo, experiência mudou substancialmente e hoje a preocupação é muito grande com a questão da complementaridade do Conselho, bem como da diversidade”, explica.

“As organizações hoje exigem conselhos preparados e com competências técnicas que a empresa precisa. Isso no passado não era uma preocupação”, avalia Elismar. O trabalho do conselheiro pode ser comparado a de um mentor, e o exercício desses mentores na empresa é importante para a reputação da marca e a confiabilidade junto a acionistas e futuros investidores. “Devemos ter em mente que formas de checks and balances (freios e contrapesos, para controle) são sinônimo de segurança para os acionistas e futuros investidores na hora de fazer aportes financeiros necessários para alavancar o negócio”, pontua o diretor geral da JValerio Gestão e Desenvolvimento, Clodoaldo Oliveira.

Cenários incertos provocam mudanças abruptas e constantes e cabe às empresas se adaptarem com agilidade a todas elas para manterem a produtividade e a competitividade. E é no ajuste de todas essas dificuldades que um Conselho de alto impacto deve atuar para que a organização tome decisões acertadas a curto prazo, sem esquecer de traçar estratégias para avançar a longo prazo.

Clodoaldo Oliveira, Diretor Geral da JValerio Gestão e Desenvolvimento

No caso das Americanas em específico, será analisado o papel do conselho de administração, considerando que faz parte da estrutura da Governança Corporativa e inclusive pode ser compreendido como um guardião das boas práticas de governança, que incluem transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. “As decisões do Conselho Administrativo devem influenciar positivamente nas organizações, e os impactos das decisões, devem gerar melhorias para os negócios”, avalia Clodoaldo.

Desafios de um Conselho de Alto Impacto

 Debater a governança, engajar os colaboradores e a cadeia de valor do sistema, além de criar uma agenda de inovação, são temas que devem estar no radar dos Conselheiros da atualidade. E para ajudá-los a aprofundar seus conhecimentos para que possam, efetivamente, ajudar a mudar a realidade das organizações, a Fundação Dom Cabral e a JValerio o PDC – Programa de Desenvolvimento de Conselheiros.

O programa atua na formação do Conselheiro para a função e promove a compreensão sobre as responsabilidades do cargo. Proporciona também a reflexão profunda e desenvolvimento de uma base sólida de fundamentos, sem perder a articulação com a aplicação prática. A metodologia utilizada é a do Board Case: simulação prática e instigante das etapas de preparação e execução de uma reunião do Conselho de Administração. Outro diferencial do programa é a certificação para Conselheiro.

“Trabalhamos não somente as competências do presente, mas também as competências do futuro”, explica Clodoaldo. O PDC dá uma visão completa do que é um Conselho de Administração, desde os fundamentais, aspectos legais até a estratégia a partir da visão do conselho. “Além de abordar temáticas empresariais, não mais da visão executiva, mas da visão de quem ocupa uma posição no Conselho Administrativo”, complementa. Clodoaldo finaliza pontuando que conselheiros superficiais não faz parte dos novos tempos.

 

 

 

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