Com medidas simples e práticas, a arquitetura de interiores contribui para uma vida tranquila, promovendo bem-estar para toda família, inclusive para aqueles que demandam um pouquinho mais de atenção
A casa é o lugar onde nos sentimos protegidos, acolhidos, confortáveis, e acima de tudo, seguros! Porém, mesmo que, na teoria, nossa casa seja um recanto de aconchego, na prática algumas arestas na composição do ambiente podem representar um perigo, principalmente para as crianças e os idosos. Para entendermos melhor os pontos onde acidentes podem acontecer e como evitá-los, a dupla Claudia Yamada e Monike Lafuente, arquitetas do Studio Tan-gram, selecionaram questões e dicas para não conviver com o perigo em casa.
Evitando as pontas vivas
Mamães de crianças pequenas, Claudia e Monike sabem que um dos principais riscos que desafiam os pais são as pontas salientes do mobiliário, afinal, quando o pequeno conquista autonomia para dar seus primeiros passos e caminhar, essa jornada é cheia de tropeços. Peças com quinas e ângulos de 90 graus devem ser evitadas no décor, principalmente durante a primeira infância.
“Móveis com pontas são bem perigosos para os bebês que estão aprendendo a andar, equilibrar e que adoram correr e brincar pela casa. O ideal é já comprar com acabamentos mais arredondados”, explica Monike. Entretanto, tanto ela, como Claudia, sabem que nem sempre é possível substituir toda a estrutura que já existia antes do nascimento de um filho. Dessa forma, artifícios encontrados no mercado, como os protetores de plástico ou silicone, que são de grande valia para a tranquilidade dos pais e a integridade física das crianças. “Outra possibilidade é movimentar os móveis e deixar os mais perigosos em áreas com acesso mais restrito e sempre longe do caminho principal”, orientam as profissionais.
O material do mobiliário
Ainda na questão mobiliário, outra dúvida recorrente diz respeito aos materiais mais indicados para residências com crianças ou idosos. De acordo com Monike e Claudia, muitas pessoas pontuam o vidro como vilão, mas não necessariamente ele corresponde à sinalização de perigo constante. “É claro que, se forem muito frágeis, finos e pontudos, devem ser desconsiderados”, alertam. Entretanto, o vidro temperado, comumente mais espesso, é resistente para suportar as atividades do dia a dia, sem riscos.
Ainda sobre o vidro, outra dica importante é evitar objetos pequenos e decorativos em evidência. A depender da fragilidade das peças, podem ser um risco considerável para a saúde das crianças.
A segurança nos dormitórios dos pequenos
Para o dormitório dos pequenos, uma série de medidas simples podem ser tomadas para que acidentes sejam evitados. Em primeiro lugar, elas advertem: “quanto menos itens, melhor!”. Durante o crescimento e o aprendizado das crianças, é normal que o quarto seja parte do universo de exploração delas. Portanto, é fundamental que o décor não atrapalhe suas atividades e ofereça risco à segurança. “Dessa forma, os responsáveis podem realizar as tarefas domésticas com mais tranquilidade, sem a preocupação de toda hora conferir para ver se nada de errado está acontecendo”, orienta Claudia, tanto por sua experiência profissional, como por ser mamãe da Liz.
Para os móveis, quanto mais arredondado o acabamento, maior a proteção. As dobradiças e corrediças com amortecimento são excelentes para evitar que a turminha prenda os dedos em momentos completamente doloridos.
Cautela também para a terceira idade
Os idosos também constituem um grupo de atenção no décor residencial. Para tanto, as dicas voltadas para o público infantil também se aplicam a eles. “Desníveis e degraus, assim como tapetes escorregadios ou com pontas levantadas são responsáveis por muitos problemas em casa”, ressaltam.
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