Quais as soft skills necessárias para quem quer ser um(a) conselheiro(a) administrativo?

O assunto foi ministrador por André Caldeira no Encontro 5 do Programa + Mulheres na Governança, realizado em Curitiba. Créditos: Rick Nogueira.

Habilidades socioemocionais são exclusivamente humanas e nos diferenciam da inteligência artificial que está cada vez mais presente no dia a dia.

Cada vez mais as Soft Skills têm se tornado exigência no mercado de trabalho e no mundo corporativo, inclusive para quem deseja ocupar uma cadeira em algum conselho ou estar inserido na governança das empresas. O mundo em que vivemos se transforma a cada dia e novos desafios surgem a todo instante. Assim, a capacidade de se relacionar, influenciar e de criar sinergias com outras pessoas, sejam líderes, pares, liderados ou colegas de conselho, é crucial.

O desenvolvimento das Soft Skills, também chamadas de habilidades socioemocionais, pode te levar onde você quiser. Isso porque as competências corretas podem colaborar para relacionamentos e novas oportunidades de carreira.  “Elas têm muito a ver com network, escuta ativa e a possibilidade de fortalecer relacionamentos de valor com outras pessoas. Sem dúvida são elementos essenciais para quem quer se destacar no mundo corporativo”, garante André Caldeira, sócio fundador e CEO do grupo PRO, do qual fazem parte as empresas Propósito, Ágil e Pró Talent Solutions ligadas ao segmento de talentos. 

Habilidades interpessoais são exclusivamente humanas, aprendidas enquanto nós nos desenvolvemos. Elas diferem das chamadas hard skills, que são as habilidades técnicas. E justamente são as soft skills que nos tornam diferentes da inteligência artificial que cada dia está mais presente em nossas vidas. O assunto foi debatido no Encontro 5 do Programa + Mulheres na Governança, realizado em Curitiba, quando Caldeira falou sobre quais sãos a principais soft skills que líderes e conselheiros devem desenvolver, sendo elas: adaptabilidade, obstinação, assertividade, objetividade, sensibilidade empática, perspectiva múltipla, senso crítico, persuasão, liderança, comunicação, trabalho em equipe, flexibilidade, resiliência, proatividade, otimismo, empatia, inteligência emocional para ouvir e fazer críticas, autoconfiança e criatividade. 

Segundo André, o primeiro passo para desenvolver tais soft skills é o autoconhecimento. “Se a gente não se conhece, não sabe quem está no espelho, não conhece as próprias fortalezas e as oportunidades de desenvolvimento, fica muito difícil lidar com o outro e entender suas perspectivas com postura mais empática. Também é importante entender o que o outro pode despertar em nós, do ponto de vista de gatilho, de reações que não fazem parte do dia a dia e que podem impactar o ambiente de liderança e de conselhos”, explica.

O desenvolvimento de soft skills é indicado para todas as pessoas, desde colaboradores de grandes empresas multinacionais até para donos do próprio negócio. Isso porque é crucial ter habilidades de liderança, seja para se auto liderar ou influenciar e coordenar pessoas do time, por menor que ele seja. “Mesmo que não haja pessoas no time, seja somente o empreendedor, a liderança é necessária para influenciar clientes, se relacionar com fornecedores, com formadores de opinião e colegas de mercado. Sem dúvidas, o princípio das soft skills é a base da liderança e da capacidade de influência para geração de resultados”, acrescenta André.

Programa + Mulheres na Governança

Uma pesquisa realizada pelo Women Corporate Directors Foundation (WCD), entre 2021 e 2022, mostra que o número de mulheres nos conselhos de administração no Brasil saiu de 124 para 133, o que representa um crescimento de apenas 7%. Com o objetivo de incentivar mulheres a ocuparem esses espaços, um grupo de oito mulheres desenvolveu, em Curitiba, o Programa + Mulheres na Governança (P+MG).

A primeira fase do programa, intitulada Despertar, foi composta de cinco encontros. Cada um dos encontros reuniu cerca de 50 mulheres dispostas a aprender mais sobre o assunto com palestrantes especialistas em governança e conselhos administrativos, sendo um deles André Coji, convidado do último encontro e que falou sobre “O Papel do Conselho de Administração e o Papel do Conselheiro”.

A segunda fase do P+MG, intitulada Despertar e Fortalecer, terá início em março deste ano e será dividida em oito encontros, sendo quatro presenciais e quatro virtuais. A proposta desta segunda fase é apresentar às participantes as inúmeras possibilidades que existem dentro dos conselhos administrativos das empresas e despertar e fortalecer a vontade delas em buscarem estes espaços. 

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