Início Vida e Saúde Mais conhecimento para tratamento de doenças mentais em idosos

Mais conhecimento para tratamento de doenças mentais em idosos

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“O aumento da longevidade – proporcionado pela melhora na qualidade de vida, por diversos indicadores de saúde e devido à maior capacidade de cuidar de doenças crônicas – trouxe também o aumento de enfermidades típicas do envelhecimento”, diz Marcos Vasconcelos Pais, psiquiatra e um dos editores do lançamento da Manole Transtornos mentais no idoso – Guia Prático, que fala sobre as síndromes clássicas comuns entre a população idosa. Trata-se do primeiro livro sobre transtornos mentais específico desta faixa etária e foi elaborado por psiquiatras da equipe do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HCFMUSP).

O objetivo principal do guia é passar conhecimento de forma didática e objetiva, com linguagem acessível para as diversas especialidades médicas envolvidas nos cuidados ao idoso, apresentando novos conceitos em psicogeriatria, com informações atualizadas sobre manejo e tratamento dos transtornos. “É uma obra particularmente importante no mercado porque traz assuntos pouco explorados na literatura técnica sobre transtornos mentais no idoso, como dependência química, TDAH e envelhecimento”, diz Vasconcelos Pais.

Transtornos de ansiedade, transtornos psicóticos, déficit de atenção e hiperatividade, comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer, além de desordens do sono, biomarcadores e parâmetros necessários para o diagnóstico de fronteira entre os diversos transtornos mentais e demências estão contemplados no livro.

Segundo o editor, desde 2003 não havia novos medicamentos para combater a doença de Alzheimer, por exemplo. “Mas no último ano, duas medicações receberam aprovações com ressalvas pelo órgão responsável nos EUA e devem, em um futuro próximo, ser comercializadas. Ainda há muito o que se esclarecer sobre essas medicações, mas as perspectivas são melhores que há alguns anos”, ressalta Vasconcelos Pais. Já para o tratamento da depressão geriátrica a novidade é a estimulação magnética transcraniana, que tem resultados excelentes nos cuidados da depressão em todas as idades. “O conhecimento aprofundado destas doenças proporciona a adoção de tratamentos adequados com a consequente melhora na qualidade de vida dos pacientes, além de contribuir para a prevenção de síndromes do trato mental.”

Sobre os editores
Orestes Vicente Forlenza é professor associado, livre-docente e chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), além de coordenador do Programa de Psiquiatria Geriátrica do LIM-27 (Laboratório de Neurociências) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Júlia Cunha Loureiro é médica psiquiatra, graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Possui residência médica em Psiquiatria e em Psiquiatria Geriátrica (ambas pela UNICAMP). É doutoranda e pesquisadora do Laboratório de Neurociências LIM-27 do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Marcos Vasconcelos Pais é médico psiquiatra, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, com residência médica em Psiquiatria pelo Hospital do Servidor Público Estadual em São Paulo (HSPE). É doutorando e pesquisador do Laboratório de Neurociências LIM-27 do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

 

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