Curitiba foi o município que mais realizou mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos dois anos, com 96 mil atendimentos, sendo 61 mil apenas em 2022, conforme dados divulgados pelo DataSUS. De acordo com a Secretaria da Saúde do município, sobram vagas para realizar este exame devido a baixa procura da população.
A falta de tempo, o medo de sentir dor ou do resultado da análise, têm afastado as curitibanas das clínicas e adiado a realização da mamografia, que é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que, em 2022 foram ofertadas 118,8 mil mamografias e foram agendadas 89,8 mil, mas só houve comparecimento a 51 mil, que é o total de exames realizados no último ano, 42% do total disponível.
Em 2021, o comparecimento foi ainda menor, com apenas 27,7 mil pacientes que compareceram aos 105 mil exames disponíveis, ou apenas 26% do total. Os dados de antes da pandemia, apontam a mesma situação; em 2019 das 85 mil mamografias disponibilizadas, 62,9 mil foram agendadas e apenas 49,6 mil foram realizadas.
Segundo a médica radiologista Cristiane Spadoni, da Clínica Imax em Curitiba, o autoexame não substitui a mamografia. “Os exames de rastreio realizados conforme a indicação do seu médico podem detectar lesões quando ainda não são palpáveis e não causam sintomas, o que permite o diagnóstico precoce e aumenta as chances de cura da paciente, além de permitir um tratamento menos agressivo. Fazer os exames periodicamente é a única forma de detectar possíveis nódulos ainda no início, pois eles só se tornam palpáveis quando estão maiores, em casos avançados”, explica.
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco. Aquelas que apresentam qualquer tipo de sintoma devem procurar auxílio médico o mais rápido possível, inclusive as jovens.
Andrea Cianfarano, radiologista da clínica, ressalta que sem o diagnóstico é impossível realizar qualquer medida terapêutica. “Os exames de rastreio são indispensáveis e altamente seguros para a paciente, um pouco de desconforto com certeza é melhor que um diagnóstico tardio do câncer. É muito comum recebermos queixas relacionadas à radiação, mas os níveis emitidos durante o exame são equivalentes a um voo de avião de aproximadamente duas horas e sempre respeitam limites de segurança”.
DADOS – Foram realizadas 318 mil mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o Paraná durante o ano de 2022, segundo dados divulgados pelo DataSus. Em 2021 foram 239 mil procedimentos registrados pelo mesmo sistema, o que representa uma alta de 33% em doze meses.
Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aponta que, em 2021 foram realizados pelos planos de saúde, 51 mamografias a cada mil usuários. Também foram registradas 37 mil internações por câncer de mama ao longo do ano, representando 12,8% do total de internamentos do ano.
ESTIMATIVA DE CASOS – A estimativa divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que, a cada dia, dez mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama apenas no Paraná. É um novo caso a cada duas horas e meia.
Durante todo o ano são esperados 3.650 novos casos no estado e, no Brasil, o número chega a 73.610.
MÊS DA MULHER – Com o objetivo de incentivar a realização de exames para o diagnóstico precoce do câncer de mama, a Clínica Imax comemora o mês da mulher oferecendo 50% de desconto na realização da tomossíntese. Para realizar o exame é necessário agendar o seu horário e trazer o pedido médico.
A tomossíntese é considerada um avanço da mamografia digital, que permite visualizar a mama de forma tridimensional (3D) e oferece ao médico radiologista uma série de imagens em “fatias” bem finas, permitindo melhor análise. O exame é semelhante à mamografia, porém com uma compressão mais suave das mamas, indicado principalmente para mulheres com mamas densas.
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