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Tecpar atesta qualidade de coldres e garante mais segurança a policiais em serviço

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Tecpar atesta qualidade de coldres e garante mais segurança a policiais em serviço
Testes dos novos equipamentos da Policia Militar como o de coldres realizados no TECPAR, Paraná, Brasil,. Foto: Hedeson Alves/TECPAR

O Paraná é o primeiro estado a instituir um protocolo exclusivo para atestar a qualidade de equipamentos de segurança utilizados por policiais em serviço. A série de testes foi desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para avaliar a eficiência de coldres, que estão em processo licitatório e serão destinados ao efetivo da Polícia Militar do Paraná.

O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss conta que o corpo técnico aplicou toda a expertise do instituto para desenvolver uma solução que atendesse, de forma segura e eficiente, as necessidades apresentadas pela PM com a qual mantém uma longa parceria. “Em nenhum outro estado existe um protocolo semelhante, criado exclusivamente para assegurar a qualidade de equipamentos de segurança utilizados pelos policiais. É uma demonstração do cuidado do Governo do Estado com esses profissionais e o Tecpar  faz parte deste avanço, que beneficia toda a sociedade”, afirmou Kloss.

A compra dos coldres vai beneficiar 20 mil policiais, incluindo turmas que estão em formação. Eles serão utilizados para acomodar pistolas da marca Beretta de origem italiana, que foram adquiridas pelo Governo do Estado para renovar o armamento das polícias Civil e Militar.
“Ficamos muito impressionados com o profissionalismo do Tecpar, a forma que fomos atendidos e como acompanharam nossa demanda. Esse é o caminho para a excelência.

Tenho certeza que este protocolo vai servir de referência para outros Estados”, afirma o tenente-coronel da PM e responsável pela comissão de licitação, Anderson Puglia.
PARA O POLICIAL – Segundo Puglia, desde a montagem do edital para a aquisição dos coldres, a corporação idealizou um protocolo que fosse o mais parecido possível com o que seria usado na prática. Foi criada uma base de cálculo de quantas abordagens o policial faz na rua, quantas vezes ele precisa abrir o coldre e quantas horas treina durante a semana.
“Mas, para aferir isso de maneira científica, foi preciso contar com uma entidade credenciada, que é o caso do Tecpar, para validar o protocolo com base técnica e assim termos um amparo legal. Isso vai nos dar a garantia de que estamos adquirindo um material que realmente é confiável”, explica.
PROTOCOLO EXCLUSIVO – Segundo Fábio Schvenger, técnico em desenvolvimento tecnológico do Tecpar, depois de desenvolvida, a metodologia criada pelo instituto foi avaliada e aprovada pela comissão da PM.  “A partir disso, foi instituído no Governo do Estado um protocolo estabelecendo que qualquer fornecedor com intenção de vender coldres para PM deveria submeter o seu produto aos critérios de avaliação definidos pelo Tecpar”, diz ele.

A metodologia inclui diversos testes e avaliações baseadas em normativas nacionais e internacionais. A primeira etapa consiste no teste cíclico, que é a retirada da arma do coldre – chamada de saque –, e o recoldreamento, que é a devolução da arma ao coldre. O objetivo é conferir se o produto apresentado pode resistir a uma extensa carga de uso. O teste cíclico foi realizado por policiais com biotipos corporais e gêneros diferentes.
Com o produto aprovado na fase inicial, o Tecpar avalia a qualidade do material do coldre, por meio de testes de resistência, ensaios para avaliar a oxidação e outros fatores que aferem a qualidade, durabilidade e eficiência do equipamento.
Os ensaios em laboratório avaliam quesitos como resistência à corrosão e oxidação de metais, composição do material que compõe o coldre (polímero), questões ergonômicas, entre outros critérios. Também são realizados ensaios mecânicos e testes para assegurar que não haverá deformação no coldre, em virtude da ação do tempo.
“A primeira avaliação cíclica identificou problemas com o coldre apresentado pelo fornecedor, que foi reprovado. Já no produto de outro fornecedor, os testes mostraram que os policiais tiveram menos esforço físico. O tempo de coldreamento e recoldreamento diminuiu, o que representa menor esforço físico, mais segurança e agilidade para o policial”, destacou Schvenger.
MAIS SEGUROS – O tenente-coronel Puglia conta que, no passado, as comissões montadas sempre optaram por comprar o produto que estivesse disponível no mercado, sem uma forma de avaliação mais profunda, como acontece agora. Ele explica que no Brasil os policiais sacam e recoldream a arma muito mais vezes que um policial norte-americano ou europeu.

Por isso, ressalta, a PM precisa ter a garantia de que o coldre suporta este processo de trabalho. “Havia o pensamento de que o coldre servia apenas para transportar uma arma, mas, na verdade, ele é um equipamento de proteção individual (EPI) que protege a arma, inclusive contra o arrebatamento. Por isso, precisa ser feito de um material resistente, que não quebre com facilidade e tenha níveis de retenção, para que a arma não seja retirada com facilidade”, diz Puglia.

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