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Aplicativo para adolescentes em sofrimento mental leva prêmio em Feira Brasileira de Ciências

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Grazyella Luna Barlatti Fernandes premiada na 21.ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da USP Crédito: divulgação

Projeto apresentado por estudante de Curitiba em evento na USP concorreu com 200 finalistas de todo o Brasil

Com o MentalSaurus, aplicativo para auxiliar jovens e adolescentes em condição de sofrimento mental, a estudante Grazyella Luna Barlatti Fernandes, de apenas 16 anos, foi premiada na categoria Humanas, da Febrace (21.ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia). A feira aconteceu presencialmente, na USP (Universidade de São Paulo), e contou com 200 finalistas de todo o Brasil. O objetivo do aplicativo é auxiliar na identificação de alguma situação emocionalmente desgastante e recomendar exercícios respiratórios e atividades a serem feitas para aliviar o nível de estresse – ou até mesmo em casos mais graves, encaminhar o usuário para uma ajuda psicológica ou psiquiátrica mais efetiva.

A jovem estudante do Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, de Curitiba (PR), já tinha sido destaque na Mostra Brasileira de Inovação, Pesquisa Científica e Empreendedorismo (Mobipe), realizada pelos colégios do Grupo Positivo, em 2021. “Tinha pensado em fazer algo relacionado a transtornos mentais desde 2020, pois via e sentia como a falta de socialização influenciava os jovens, principalmente por conta da pandemia, que nos obrigava a ficar em casa. Então, percebia na prática como a depressão e outros transtornos passaram a ser mais recorrentes e como afetam cada vez mais as pessoas”, lembra Grazyella. “Por meio de uma pesquisa divulgada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre como apoiar o mundo na transformação da saúde mental, constatei resultados alarmantes. Foi ali que surgiu a ideia do aplicativo, misturando tanto a vontade de ajudar os alunos a aprenderem a lidar com essa situação emocionalmente desgastante quanto a necessidade de fazer isso com inovação”, afirma a jovem, que teve a orientação durante todo o processo das professoras Larissa Assis Barony Valadares Fonseca (orientadora) e Flávia Roberta Amend Gabardo (coorientadora).

Ajudar jovens e adolescentes sempre foi objetivo da estudante

Apesar da pouca idade – ainda com 14 anos – quando deu início ao projeto, o foco da estudante Grazyella Fernandes sempre foi de alguma forma, ajudar os colegas, principalmente depois de saber o quão impactante foi a pandemia para eles. Sem contar que, segundo a OMS, em 2019, portanto, antes da pandemia, quase um bilhão de pessoas já viviam com algum transtorno mental, sendo que 14% delas eram adolescentes. “Mesmo não imaginando que poderia ser finalista da Febrace, eu sabia que precisava que o meu projeto tivesse notoriedade para chegar a quem mais precisava”, revela. “Só não imaginava que ele fosse tão longe. Foi muito emocionante”, comemora.

MentalSaurus

A pretensão do aplicativo, assim como a sua potencialidade, está em atuar na conscientização do usuário sobre seu estado emocional e ajudá-lo a superar momentos difíceis. Para isso, é preciso acessar o aplicativo e responder a 20 perguntas (SRQ-20) e, com isso, permitir a identificação de um possível diagnóstico de ansiedade generalizada ou depressão. Nesses casos, de maneira interativa, o assistente virtual Brachio ressalta a necessidade de procurar um profissional da área para obter um diagnóstico completo, já que o teste em questão serve apenas para auxiliar na identificação de doenças mentais, de acordo com os sintomas identificados nas respostas do questionário.

A versão teste do aplicativo foi aplicada aos alunos do Colégio Positivo, mas a intenção de Grazyella é que, ainda em 2023, ela consiga programá-lo para que esteja em lojas de aplicativos e possa ser utilizado por adolescentes e jovens fora do ambiente escolar.

Febrace

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, e que, anualmente, realiza uma grande mostra de projetos na Universidade de São Paulo (USP). A intenção é incentivar a criatividade e a reflexão em estudantes da Educação Básica por meio de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas da Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. A mostra de 2023 foi presencial e aconteceu entre os dias 20 e 24 de março, contando com 200 projetos finalistas, de 27 estados. www.febrace.org.br

Mobipe

A Mostra Brasileira de Inovação, Pesquisa Científica e Empreendedorismo (Mobipe), do Colégio Positivo, expõe experimentos científicos de diferentes áreas do conhecimento, com projetos de alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Técnico e de cursos pré-universitários, do ensino público e particular de todo o Brasil.

Os próprios alunos escolhem um tema de relevância social, ambiental ou tecnológica e trabalham a pesquisa científica, desde os levantamentos bibliográficos e de campo, passando pela coleta de dados, experimento e análise de resultados, tratamento de informações, até a conclusão, montagem do painel de apresentação e finalização do Diário de Bordo – a memória de todo o projeto. Depois da apresentação, arguição e avaliação os projetos que se destacaram no evento pelo teor científico, pela abordagem criativa e/ou inovadora participam de uma banca de professores que seleciona um ou dois projetos – conforme determinação da Febrace – para representar o Colégio Positivo neste evento que é o maior do gênero no país.

 

Sobre o Colégio Positivo

O Colégio Positivo compreende sete unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Positivo International School, o Colégio Positivo – Água Verde e o Colégio Positivo – Boa Vista atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Londrina. Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, a St. James’ International School, em Londrina (PR), integrou-se ao grupo. Em 2023, o Positivo chega a São Paulo, com a aquisição do Colégio Santo Ivo, e passa a contar com 17 unidades de ensino, em oito cidades, no Sul e Sudeste do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 18,5 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.

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