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Inverno: 5 cuidados para prevenir acidentes e doenças

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Inverno: 5 cuidados para prevenir acidentes e doenças
Foto: Thiana Perusso/Hospital Pequeno Príncipe

Hospital pediátrico reforça ações para proteger as crianças e evitar idas desnecessárias às emergências

Inverno: 5 cuidados para prevenir acidentes e doenças
Foto: Thiana Perusso/Hospital Pequeno Príncipe

A queda das temperaturas anuncia a chegada do inverno, e manter as crianças bem agasalhadas é apenas o primeiro cuidado para garantir o bem-estar nesta época do ano. Mas existem outras atitudes essenciais para evitar doenças e também acidentes domésticos. Por isso, o Hospital Pequeno Príncipe orienta pais e familiares com dicas de segurança para os pequenos nesta época.

1. Banhos mornos para uma pele saudável

Os bebês têm a pele mais seca do que crianças maiores e adolescentes. Por isso, é preciso cuidar com o tempo, porque banhos prolongados podem fazer com que a pele resseque, facilite a entrada de bactérias e também o surgimento de dermatites. Combinar banhos mornos com sabão na medida certa pode manter a saúde da pele das crianças e evitar o uso exagerado de hidratantes.

“Geralmente o lugar mais gelado da casa é o banheiro, e a gente acaba compensando isso com a água do chuveiro mais quente. Então a dica é esquentar antes o ambiente e depois controlar a temperatura da água, seja no chuveiro ou na banheira, em mais ou menos 38°C”, explica Eduardo Maranhão Gubert, pediatra do Hospital Pequeno Príncipe.

2. Sono sem acidentes

É comum que, nas noites mais frias, bebês e crianças durmam entre os pais e familiares. No entanto, é preciso cuidar para evitar que aconteçam acidentes durante a noite. “Já atendemos vários casos de asfixia que decorrem de algum momento em que o pai ou a mãe se mexem durante o sono e ficam sobre a criança, que não consegue respirar. É uma situação grave que pode ser evitada”, destaca o pediatra.

Ao manter a cama ou o berço aconchegantes, as crianças podem ter uma noite de sono tranquila mesmo não dormindo com os pais. É importante também deixá-los agasalhados na medida certa e observar a presença de suor ou brotoejas no pescoço. Luvas e meias podem ajudar a manter as extremidades mais aquecidas, mas é normal que pés e mãos sejam mais frios que o restante do corpo.

3. Evitar lugares fechados

No inverno, aumenta a circulação de vírus e bactérias que causam infecções respiratórias. De acordo com dados da Fiocruz, 19 dos 26 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, estão com crescimento significativo de quadros de influenza, VSR (vírus sincicial respiratório) e COVID-19. No Pequeno Príncipe, de janeiro a maio deste ano, foram registrados 77 internamentos de crianças com influenza, mais que o dobro que no mesmo período de 2022; já os casos de VSR tiveram aumento de 44% na instituição.

Por isso, evitar a exposição das crianças a ambientes aglomerados e com menos circulação de ar é ainda mais essencial nesta época do ano. Quando for necessário expor-se a esses ambientes, manter a higiene correta das mãos é fundamental – principalmente para quem utiliza transporte público. Em casa, conservar os ambientes livres de pó e mofo também ajuda a prevenir desconfortos, especialmente no caso de casacos e cobertores de lã guardados e que concentram poeira e ácaros.

4. Manter a hidratação e a boa alimentação

A hidratação adequada é fundamental para o funcionamento de todo o organismo, especialmente para as crianças, que estão em fase de desenvolvimento. No inverno, a águapode auxiliar também na recuperação de doenças do sistema respiratório ao eliminar melhor o acúmulo de secreção nas vias respiratórias.

Nesta época do ano, incluir na alimentação das crianças frutas e vegetais ricos em vitamina C, como verduras verde-escuras, além de laranja, acerola e goiaba, também auxilia o sistema imunológico. Outro nutriente importante para a imunidade é o zinco, um mineral com ação antioxidante encontrado em carnes, leguminosas, cereais e sementes (feijão, ervilha, lentilha, sementes de girassol e de gergelim).

5. Proteção completa com vacinação

O aumento de casos respiratórios e de hospitalizações de crianças se deve, principalmente, à baixa cobertura vacinal em todo o país. “Nenhuma vacina do calendário nacional atingiu a meta de cobertura, que é 95%. Esse ano está surpreendendo com o grande número de casos respiratórios e de hospitalizações de crianças não vacinadas”, destaca Heloísa Giamberardino, pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe. Por isso, a melhor prevenção é a imunização.

Quando buscar serviço de emergência?

O ambiente de emergência hospitalar recebe pacientes com doenças infectocontagiosas e uma série de outras situações que podem agravar ainda mais o quadro de uma criança com sintomas leves. Então, procure primeiro o pediatra para verificar todas as orientações necessárias. Já nos casos de febre alta persistente (mais de 38°C), desmaio, crise convulsiva, acidentes (trauma, fratura, afogamento, queimadura, ingestão de corpo estranho), dificuldade respiratória ou ainda vômito e diarreia persistentes, o serviço de emergência deve ser acionado.

Sobre o Hospital Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Conta com 361 leitos, 68 de UTI, e em 2022, ainda com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, realizou cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro.

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