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Artistas paranaenses Claudia Lara e Lídia Lisbôa participam da mostra Dos Brasis

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Artistas paranaenses Claudia Lara e Lídia Lisbôa participam da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, exposição dedicada à produção de artistas negros, em São Paulo

Artistas paranaenses Claudia Lara e Lídia Lisbôa participam da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, exposição dedicada à produção de artistas negros, em São PauloO estado do Paraná estará representado pelas artistas Claudia Lara e Lídia Lisbôa na exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente mostra dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país. Com abertura agendada para o dia 02 de agosto, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, a mostra parte da premissa de dar luz à centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares.

Com curadoria assinada por Igor Simões, em parceria com Lorraine Mendes e Marcelo Campos, Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, apresentará ao público obras de cerca de 240 artistas negros – entre homens e mulheres cis e trans, de todos os Estados do Brasil – em diversas linguagens como pinturafotografia, esculturainstalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI.

“Como uma instituição que tem na diversidade uma de suas principais marcas, o Sesc busca por meio de suas ações dar voz aos mais diversos segmentos sociais, estimulando o debate e ajudando a registrar a história e cultura de nosso povo em toda sua abrangência e riqueza. Dentro dessas premissas, o projeto Dos Brasis lançou um olhar aprofundado sobre a produção artística afro-brasileira e sua presença na construção da história da arte no Brasil. Um trabalho que contou com nossos analistas de cultura em todo o país, em um grande alinhamento nacional. A exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro é a culminância desse processo e oferece ao público não só a oportunidade de conhecer a obra de artistas e intelectuais negros, com também de refletir sobre sua participação nos diversos contextos sociais”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo.

Trajetória – A ideia nasceu em 2018, um projeto de pesquisa fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Para sua realização, foram convidados os curadores Hélio Menezes e Igor Simões. Em 2022, o projeto passa a ter a curadoria geral de Simões com os curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes. A partir de 2024 uma parte da mostra circulará em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.

Para se chegar a esse expressivo e representativo número de artistas negros, presentes em todo o território nacional, foram abertas duas importantes frentes. Na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em todas as regiões do Brasil com a participação do Sesc em cada estado, com o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de portfólio, exposições, entre outros, com foco local. Vale ressaltar que esse processo teve uma atenção especial para que não se limitasse apenas às capitais do país, englobando também a produção artística da população negra de diversas localidades, como cidades do interior e comunidades quilombolas.

A equipe curatorial pesquisou obras e documentos em ateliês, portfólios e coleções públicas e particulares, para oferecer ao público a oportunidade de conhecer um recorte da história da arte produzida pela população negra do Brasil e entender a centralidade do pensamento negro na arte brasileira.

A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística online intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de 450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A residência, que reuniu artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas públicas com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no canal do Sesc Brasil no YouTube.

Núcleos – A proposta curatorial rompe com divisões como cronologia, estilo ou linguagem. Para esta exposição de arte negra, não caberá a junção formal, estilística ou estética.

Dessa maneira, os espaços expositivos do Sesc Belenzinho contarão com sete núcleos: Romper, Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legítima Defesa e Baobá, que têm como referência pensamentos de importantes intelectuais negros da história do Brasil como Beatriz NascimentoEmanoel Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.

EXPOSIÇÃO DOS BRASIS – ARTE E PENSAMENTO NEGRO

Do Paraná

Claudia Lara – Curitiba (PR), 1964

Núcleo Negro Vida

Pós-graduada em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), já expôs trabalhos em individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Faz parte da poética de Claudia Lara pensar as questões ligadas ao feminino e como os saberes das mulheres de sua linhagem familiar atravessam a prática da costura. Suas obras têxteis exibem alta vibração de cores e evocam sentimentos de cura e aconchego.

Lídia Lisbôa – Guaíra (PR), 1970

Núcleo Negro Vida

Artista visual e performer, formou-se em Gravura em Metal pelo Museu Lasar Segall, e em Escultura Contemporânea e Cerâmica pelo Museu Brasileiro de Escultura e Liceu de Artes e Ofícios. Trabalha com escultura, gravura, pintura, costura, crochê e cerâmica. Com instalações e produções baseadas nessas linguagens, cria uma poética a partir da reflexão e da abstração do corpo e da natureza.

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