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Fim da Era Queernejo: Zerzil Encerra Capítulo no Sertanejo LGBTQIAP+

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Zerzil Queernejo

Zerzil Queernejo

O cenário musical nacional presencia o encerramento de uma marcante fase com Zerzil, artista que tem elevado seu status ao entrelaçar a autenticidade regional com uma abordagem pop cativante. O lançamento do seu recente álbum “Queernejo” não apenas celebra uma jornada de três anos repleta de singles icônicos, mas também inaugura um novo capítulo repleto de experimentações sonoras audaciosas, indo além das fronteiras do subgênero musical que o artista teve papel fundamental em estabelecer. O vídeo musical “Cê Tá de Brincadeira, Né?”, com a colaboração de Sabrina Angel, marca de maneira simbólica o fim dessa era musical.

Ouça o álbum “Queernejo”: Link para a plataforma de streaming

Assista ao clipe “Cê Tá de Brincadeira, Né?”, com Sabrina Angel: Link para o vídeo

Zerzil, Sabrina Angel  - Cê Tá Brincadeira, Né? (Clipe Oficial)

Nascido em Montes Claros (MG), Zerzil emergiu como uma voz impactante no cenário musical, criando obras que harmonizam uma rica diversidade de ritmos e perspectivas. Identificando-se como pessoa não-binária LGBTQIAP+ e enraizado nas tradições do sertão mineiro, Zerzil iniciou sua carreira em 2016 e conquistou reconhecimento com o álbum “ZZ” lançado em 2017. Contudo, foi a exploração de suas raízes sertanejas aliada à estética queer pop que culminou em um movimento autêntico: o Queernejo. Esse movimento ganhou destaque, unindo Zerzil a outros artistas como Gabeu, Gali Galó, Melizza e, é claro, Sabrina Angel. E, de forma apropriada, esse movimento inspirou o título de seu trabalho mais recente.

O ano de 2020 marcou a revelação da inovação musical de Zerzil com o lançamento do videoclipe de “Garanhão do Vale”, uma releitura da célebre faixa “Old Town Road”, originalmente interpretada por Lil Nas X. Outro ponto alto foi a faixa “Namoro de Quarentena”, que logo se tornou um hit nas plataformas de streaming.

“Queernejo” estende ainda mais as fronteiras do estilo que Zerzil desempenhou um papel fundamental em difundir. Reunindo suas memoráveis composições, o álbum se converte em uma obra coesa que celebra a comunidade LGBTQIAP+. Musicalmente e liricamente, o sertanejo queer ressignifica as narrativas tradicionalmente associadas ao universo heterossexual, abrindo espaço para diversidade e inclusão em uma das expressões musicais mais reverenciadas do Brasil.

Ao lançar esse trabalho, Zerzil também comemora sua colaboração com a Peneira Musical, um selo, produtora e editora que se destaca no mercado ao impulsionar carreiras artísticas de indivíduos LGBTQIAP+, pessoas negras, aquelas acima dos 50 anos e talentos periféricos. Fundada em 2020 no Rio de Janeiro pela cantora e compositora Elisa Fernandes, mulher negra, lésbica, periférica e com raízes no universo das escolas de samba, a Peneira Musical reflete a trajetória e a arte de sua fundadora.

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